Pai foge com dinheiro doado para tratamento do filho com doença rara
Morador de Conselheiro Lafaiete (MG), Mateus Alves foi preso em Salvador. A polícia investiga se ele usou de forma indevida o dinheiro doado ao filho
Pai foge com dinheiro doado para tratamento do filho com doença rara e é preso em Salvador (BA) nesta segunda, 22, suspeito de estelionato.
Mateus Alves, de 37 anos, vivia em Conselheiro Lafaiete (MG). Ele foi preso depois que os policiais da delegacia de sua cidade receberam a informação de que ele teria aplicado o golpe milionário.
Após divulgar em redes sociais que a família precisava arrecadar dinheiro para o tratamento do menino, de apenas 1 ano e 7 meses, o pai arrecadou por meio de contribuições online cerca de R$ 1 milhão para comprar o medicamento do bebê, portador de Atrofia Muscular Espinhal (AME). Se não receber o tratamento, o garotinho pode morrer.
- Entenda como seu olfato pode te alertar para doença de Parkinson
- Depressão: atividade física pode ser opção de tratamento para a doença
- Entenda a síndrome hereditária que matou de câncer pai e 3 filhos
- Antes de morrer de câncer, pai deixa cartas para 30 aniversários das filhas
O caso de João Miguel mobilizou os moradores de Conselheiro Lafaiete. Vizinhos e parentes se engajaram em uma campanha para arrecadar dinheiro para que sua família pudesse comprar um medicamento cuja dose custa mais de R$ 300 mil.
Há cerca de uma semana, a Polícia Civil de Minas recebeu informações de que o acusado estaria em Salvador, gastando de maneira indevida o dinheiro, e não usando o montante arrecadado para tratar da criança, de fato portadora da AME.
A polícia investiga se ele estaria gastando o dinheiro arrecadado de forma indevida.
A AME é uma doença genética que interfere na capacidade do corpo de produzir uma proteína essencial para a sobrevivência dos neurônios motores. Sem ela, os neurônios morrem e os pacientes vão perdendo o controle e força musculares, ficando incapacitados de se moverem, engolirem ou mesmo respirarem, podendo, inclusive, morrer. A doença é degenerativa e não possui cura.
O tratamento consiste na administração de seis frascos com 5 ml no primeiro ano e, a partir do segundo ano, passam a ser três frascos.