Pai que matou filho por ‘dever de casa’ torturava a criança há mais de um ano
A primeira versão dada era a de que ele tinha perdido a paciência por causa de tarefa escolar
O homem de 26 anos que espancou o filho, Elias Emanuel Leite, de 6 anos, até a morte disse à polícia que tinha perdido a paciência ao tentar ajudar o menino com a lição de casa. O histórico da vítima, no entanto, mostra que as agressões não começaram devido a tarefas escolares.
A Polícia Civil descobriu que o menino sofria violência desde fevereiro de 2020, quando deu entrada em uma unidade de saúde com queimaduras na genitália e nos pés.
O pai perdeu o poder familiar sobre a criança, mas a avó não conseguir mantê-lo devido a problemas financeiros. Elias era órfão de mãe e acabou voltando à casa paterna.
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De acordo com a polícia, o garoto sofreu a agressão dentro de casa, enquanto estava sozinho com o pai.
Devido à violência da agressão, ele chegou a convulsionar e ficou inconsciente. O pai tentou desenrolar a língua do filho e deu um banho nele antes de levá-lo para uma Unidade de Pronto Atendimento da cidade.
O agressor foi preso momentos após o crime e apresentava sinais de ter ingerido bebida alcoólica. O homem já tem passagem pela polícia por homicídio e vai responder por estupro de vulnerável contra a atual companheira, com a qual ele mantém relações sexuais desde que ela tem os 12 anos.
Violência contra crianças – como denunciar?
Diariamente, crianças e adolescentes são expostos a abuso sexual e agressões físicas e psicológicas. No Brasil, até abril de 2019, o Disque 100 recebeu mais de 4 mil denúncias de abuso infantil em todo o Brasil. Há algumas formas de denunciar esses casos contra menores de idade:
Disque 100: mantido pelo Governo Federal, recebe, encaminha e monitora denúncias de violação de direitos humanos. A ligação pode ser feita de telefone fixo ou celular e é gratuita. Funciona 24 horas, mesmos aos finais de semana e feriados. A denúncia pode ser anônima.
Aplicativo “Proteja Brasil”: disponível para smartphones e tablets, o aplicativo gratuito, mantido pelo Governo Federal, recebe denúncias identificadas ou anônimas. Também disponibiliza os contatos dos órgãos de proteção nas principais capitais.
Conselho Tutelar: é o principal órgão de proteção a crianças e adolescentes. Há conselhos tutelares em todas as regiões. A denúncia pode ser feita por telefone ou pessoalmente, e as unidades estão funcionando em horários diferenciados.
Delegacias de Polícia: seguem abertas 24 horas. Tanto as delegacias comuns quanto as especializadas recebem denúncias de violência contra crianças e adolescentes.
Polícia Militar: em caso de emergência, disque 190. A ligação é gratuita e o atendimento funciona 24 horas.