Pantanal: queimadas colocam em risco animais ameaçados de extinção
Outubro foi o mês em que mais focos de incêndio foram registrados na região
O número de queimadas no Pantanal cresceu 506% entre 1º de agosto a 31 de outubro, em comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo o Inpe. Com o fogo, chegam as consequências: a vida de animais de diversas espécies, algumas ameaçadas de extinção, é colocada em risco.
Entre agosto e outubro de 2018, foram 1.147 focos de incêndio. No mesmo período de 2019 foram 6.958. O pior cenário foi registrado em outubro, com 119 queimadas em 2018 e 2.430 em 2019. Em agosto, o número subiu de 243 para 1.641 e em setembro de 785 para 2.887.
O Refúgio Ecológico Caiman (REC), maior centro de reprodução da arara-azul no Pantanal, que é administrado pelo Instituto Arara Azul, teve 60% da área atingida pelo fogo. No local, há 98 ninhos, dos quais 52% são naturais e 48% são artificiais.
“O fogo atingiu nossa fazenda no dia 10 de setembro”, contou a bióloga Neiva Guedes, presidente do Instituto e professora do programa de pós-graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional da Universidade Anhanguera Uniderp (Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal), de Campo Grande.
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