Patrulheiros saem às ruas do RJ para conter arrastões nas praias

Com informações do site BBC Brasil

O artigo 301 do Código Penal brasileiro diz que qualquer cidadão pode dar voz de prisão a infratores flagrados cometendo delitos. A lei foi suficiente para que um grupo de voluntários saísse às ruas do Rio de Janeiro, reproduzindo uma formação brasileira dos Guardian Angels – que surgiu em 1979 em Nova York para garantir a ordem e a segurança das pessoas de bem.

Devidamente uniformizados e desarmados (mas com treinamentos de defesa pessoal e primeiros socorros), o grupo realiza rondas em bairros da zona sul carioca como Copacabana, Lagoa e Ipanema. Suas ações consistem, basicamente, na abordagem de suspeitos antes da chegada da polícia. Também levam vítimas às delegacias ou, em outros casos, aos hospitais. Os Guardian Angels da Guanabara passaram a suar mais a camisa nas últimas semanas com o aumento de ocorrências de arrastões na orla turística da cidade.

Voluntários não podem ter antecedentes criminais, devem ser maiores de 16 anos, e não podem ser usuários de álcool ou drogas
Voluntários não podem ter antecedentes criminais, devem ser maiores de 16 anos, e não podem ser usuários de álcool ou drogas

A ação do grupo, ainda vista como novidade pelos cariocas, divide opiniões. Na página do Facebook “tarefa voluntária de patrulhamento de segurança para livrar as comunidades do crime”, inúmeros elogios e agradecimentos são enviados pela população que aprova o trabalho dos guardiões. Por outro lado, a Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro critica a ação do grupo.

Do Bronx pra Copa

Criada em 1979, em Nova York, para combater o aumento dos índices de crimes no bairro do Bronx, a entidade diz reunir hoje 5 mil voluntários, em 144 cidades e 17 países. Nos Estados Unidos, assim como no Brasil, divide opiniões e é classificada por alguns como grupo de extrema direita ou milícia, ainda que desarmada. Confira a matéria completa no site da BBC Brasil.