Pela 3ª vez, estudantes saem às ruas contra cortes na Educação
Cerca de 85 cidades dos 26 estados e do Distrito Federal registraram protestos nesta terça-feira
Mais de 70 cidades em todo o país registraram desde a manhã desta terça-feira, 13, protestos contra o contingenciamento de recursos da educação, em defesa da autonomia das universidades públicas e contra a G1, até por volta de 19h, 85 cidades dos 26 estados e do Distrito Federal haviam tido atos pacíficos, reunindo estudantes e professores. Os protestos foram organizados por entidades estudantis, como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes).
Esta é a terceira manifestação nacional em defesa da educação. A primeira ocorreu em 15 de maio, em cerca de 222 cidades pelo Brasil, logo após o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) anunciar cortes na Pasta. Já a segunda aconteceu em 30 de maio em ao menos 136 cidades de 25 estados e do DF.
De acordo com a União Nacional dos Estudantes (UNE), os contingenciamentos anunciados pelo governo afetam não apenas o ensino superior, mas também a educação básica, o ensino médio e programas de alfabetização.
Dessa vez, os atos também protestaram contra o programa federal Future-se, que pretende financiar parte do ensino nas universidades públicas e regulamentar a gestão das instituições com participações de OSs (Organizações Sociais).
Veja como foram os atos:
São Paulo
Na capital paulista, os manifestantes se concentraram no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, região central. Logo às 16h, fecharam a pista no sentido Consolação.
No interior do estado, aconteceram atos em Piracicaba, São Carlos, Campinas, Sorocaba, Limeira, Salto, Jaú, Assis, Botucatu, Bauru, Marília, Ribeirão Preto e Franca.
Rio de Janeiro
O protesto no Rio de Janeiro ocorreu no centro da cidade e reuniu estudantes de universidades públicas contra os cortes na Educação e a reforma da Previdência.
Também houve manifestação em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. A mobilização foi marcada nos campus da Universidade Estadual Norte Fluminense (Uenf), Universidade Federal Fluminense (UFF) e Instituto Federal Fluminense (IFF).
Minas Gerais
Logo na manhã desta terça, sindicalistas de Divinópolis já se reuniram para fazer panfletagem contra a reforma da Previdência e cortes de verba na Educação.
Em Belo Horizonte, a manifestação teve início à tarde, quando trabalhadores da educação e centrais sindicais se reuniram na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Distrito Federal
No Distrito Federal, professores, estudantes e lideranças indígenas se reuniram na Esplanada dos Ministérios, área central de Brasília, para protestar pela Educação.
Logo no início da manhã, um grupo de manifestantes fechou, com pneus em chamas, três faixas da Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB).
Bahia
Em Salvador, professores, estudantes e centrais sindicais fizeram um ato no centro da cidade. A concentração teve início por volta das 9h, no Largo do Campo Grande, e seguiu em direção à praça Castro Alves. Ainda ocorreram atos em Feira de Santana, em Itabuna, Vitória da Conquista e Juazeiro.
Pará
A Praça da República, em Belém, recebeu manifestantes com faixas e cartazes desde o início da manhã. A UFPA e a UFRA paralisaram as atividades.
Pernambuco
No Recife, embora a Universidade Federal de Pernambuco não tenha suspendido as aulas, professores e técnicos de vários departamentos dos três campi (Recife, Caruaru e Vitória de Santo Antão) da instituição aderiram ao movimento e não compareceram ao trabalho, conforme informou a Agência Brasil. Alunos de outras instituições, como o Instituto Federal, também não tiveram aulas. Além da capital, manifestações foram agendadas em, pelo menos, outras quatro cidades do estado: Arco Verde, Caruaru, Garanhuns e Petrolina, de acordo com a CNTE.
Ceará
Em Fortaleza, os manifestantes se concentraram na Praça da Gentilândia, no bairro Benfica, de acordo com a Agência Brasil. Participaram professores, estudantes e outros trabalhadores da educação. Segundo a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a previsão é que ao menos 12 cidades cearenses sediassem alguma atividade alusiva à mobilização ao longo do dia, entre elas Juazeiro do Norte, Sobral e Itapipoca.
Santa Catarina
Pela manhã, manifestantes se reuniram na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis. Depois, por volta das 14h, começaram a se deslocar até o centro da cidade, em ônibus e caminhando, onde realizaram o protesto.
Pela manhã, também aconteceram atos de estudantes e trabalhadores em Joinville, Caçador, Chapecó e Curitibanos. À tarde ainda houve mobilização em Jaraguá do Sul e Blumenau.
Rio Grande do Sul
Em Porto Alegre, manifestantes protestaram contra cortes no orçamento do Ministério da Educação e no Future-se. O estado registrou atos em outras cidades, como Santa Maria, Passo Fundo e Caxias do Sul.
Goiás
Em Goiânia, estudantes, servidores públicos e sindicalistas ocuparam a Praça Universitária contra a reforma da Previdência e em defesa da Educação. A mobilização foi organizada pelo Fórum Goiano Contra a Reforma da Previdência, composto por centrais sindicais, como CUT, CTB, UGT, Intersindical e Força sindical, além de sindicatos, entre eles o Sintego e o Sindsaúde.
Alagoas
O ato de Maceió reuniu estudantes, professores e servidores públicos em frente ao principal complexo educacional de Alagoas, o Cepa. Ainda houve protesto no Centro do município de Arapiraca.
Piauí
Teresina teve no centro da cidade três manifestações contra a proposta de reforma da Previdência e os cortes do governo federal na Educação.
Mato Grosso
Cuiabá e Rondonópolis tiveram protestos nesta terça. Estudantes e professores levaram faixas e usaram um carro de som para se manifestar contra o governo Bolsonaro.
Mato Grosso do Sul
Pelo menos quatro cidades do Mato Grosso do Sul registraram atos pela educação: Campo Grande, Três Lagoas, Dourados e Nova Andradina. Grupos de manifestantes caminharam pela área central das respectivas cidades.
Paraíba
Em João Pessoa, manifestantes protestaram à tarde contra o Future-se, além dos cortes e contingenciamentos na educação federal e a reforma da Previdência.
Amapá
No Macapá, a manifestação de professores, estudantes e técnicos da Universidade Federal do Amapá (Unifap) começou com uma aula pública. Pela manhã, o grupo bloqueou a entrada da instituição e, à tarde, se reuniu na praça da Bandeira, na região central.
Paraná
Estudantes, professores e funcionários da área da educação em Cascavel, no oeste do estado, se organizaram em uma manifestação nesta manhã em frente à Catedral Nossa Senhora Aparecida.
Rio Grande do Norte
Em Natal, professores, estudantes e centrais sindicais realizaram uma manifestação à tarde, no bairro Tirol, zona leste da capital do estado. Em Mossoró, na região oeste potiguar, um grupo já havia feito um ato.
Maranhão
Em São Luís, manifestantes participaram na tarde desta terça de um ato contra os cortes de verba e contra a reforma da Previdência. O grupo se concentrou na praça Deodoro, na região central, e caminhou em direção à avenida Beira-Mar.
Amazonas
Servidores públicos protestaram na praça da Saudade, no centro de Manaus, contra os cortes na Pasta.
Espírito Santo
Em Vitória, o ato teve início por volta das 16h em dois campi da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e também no Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes).
Rondônia
Em Porto Velho, estudantes e professores da Universidade Federal de Rondônia (Unir) e do Instituto Federal de Rondônia (Ifro) fizeram protesto na praça das Três Caixas d’Água, no centro da cidade. Representantes da CUT e de outros sindicatos estiveram no local.
Roraima
Manifestantes de diferentes grupos se reuniram no ato em Boa Vista contra os cortes de recursos. Da Universidade Federal de Roraima (UFRR), o grupo seguiu até o centro da cidade.
Acre
Estudantes, professores, técnicos e outros servidores da Universidade Federal do Acre (Ufac) saíram às ruas no centro de Rio Branco. O ato era contra os cortes na área e também criticava o Future-se.
Sergipe
Professores e estudantes de Sergipe paralisaram as atividades na Universidade Federal de Sergipe (UFS) e no Instituto Federal de Sergipe (IFS).
Tocantins
Em Palmas, um ato contra a reforma da Previdência e os cortes na Educação ocorreu por volta das 18h. A concentração foi na Praça dos Povos Indígenas.