PF prende quatro hackers suspeitos de invadir celular de Moro
Até o momento foram presos três homens e uma mulher, todos jovens. Eles serão levados a Brasília para interrogatório
A Polícia Federal (PF) abriu a Operação Spoofing, nesta terça-feira, 23, e prendeu 4 hackers suspeitos de invadir o celular do ministro da Justiça, Sérgio Moro, e do procurador da República e coordenador da Operação Lava Jato no Paraná, Deltan Dallagnol.
A ação foi determinada pelo juiz da 10ª Vara Federal de Brasília, Vallisney de Souza Oliveira.
A Operação Spoofing também cumpriu sete mandados de busca e apreensão, ocorreu em São Paulo e ainda não há confirmação dos nomes. Até o momento foram presos três homens e uma mulher, todos jovens. Eles serão levados a Brasília para interrogatório.
Segundo a PF, os ataques a celulares de autoridades ligadas à Operação Lava Jato começaram pelo celular do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, em abril deste ano. A partir do Telegram instalado no aparelho dele, o invasor teria então chegado aos grupos de conversa com procuradores. Assim, o hacker conseguiu os números de celulares dos integrantes.
Depois disso, os procuradores da Lava Jato no Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro tiveram supostamente seus smartphones invadidos. Todos os telefones de procuradores do Paraná teriam tido o aplicativo acessado, mas ainda não se sabe quais conversas foram copiadas.
Esses seriam os aparelhos que teriam dado origem à publicação de conversas, pelo site The Intercept e jornais parceiros demonstrando possível interferência do ex-juiz na Operação Lava Jato.
“Spoofing é um tipo de falsificação tecnológica que procura enganar uma rede ou uma pessoa fazendo-a acreditar que a fonte de uma informação é confiável quando, na realidade, não é”, explica a PF em nota.