PMs envolvidos no massacre do Carandiru serão novamente julgados

A Casa de Detenção de São Paulo foi desativada em 2002

O massacre do Carandiru aconteceu em 1992, mas o julgamento do caso continua se arrastando até hoje. No total, 111 presidiários foram assassinados em uma ação da Polícia Militar para conter um motim na antiga Casa de Detenção de São Paulo, onde atualmente fica a Praça da Juventude, zona norte de São Paulo.

25 anos depois da tragédia, o Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu nesta terça-feira, 11, por quatro votos a um que os 74 policiais militares envolvidos no caso terão um novo julgamento. Ano passado, três desembargadores da 4ª Câmara Criminal do TJ foram unânimes em determinar a anulação de todos os cinco julgamentos dos policiais militares envolvidos na ação.

Pelos julgamentos anteriores, os envolvidos foram condenados pelas mortes de 77 dos presos e absolvidos por 34. A Promotoria alegou não haver certeza sobre a participação dos PMs nesses óbitos.

O novo júri deverá ser organizado em data incerta. Como trata-se de grande número de réus, o julgamento pode ser fatiado, como ocorreu antes. O Ministério Público vai recorrer dessa decisão ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) para que prevaleça a vontade dos jurados em cinco júris realizados.

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