PMs são investigados por agredirem mulher durante blitz em Bauru

PMs alegam que Liliane Borges Monteiro, de 49 anos, estava embriagada e que resistiu a sair do veículo

A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo está investigando a conduta de policiais que teriam agredido uma mulher durante abordagem. O caso ocorreu em fevereiro em Bauru (SP).

Liliane Borges Monteiro, de 49 anos, ficou com o rosto bastante machucado. As informações são do G1.

Liliane Borges Monteiro, de 49 anos, ficou com rosto machucado após abordagem policial em Bauru
Créditos: Divulgação
Liliane Borges Monteiro, de 49 anos, ficou com rosto machucado após abordagem policial em Bauru

No boletim de ocorrência, os PMs relatam que estavam em patrulhamento pelo bairro Fortunato Rocha Lima quando se depararam com o veículo dirigido por Liliane transitando com faróis apagados e o limpador traseiro ligado, apesar de não estar chovendo.

Ainda segundo o BO, ao abordarem o veículo, os PMs alegam que a motorista e o passageiro apresentavam forte odor etílico.

Segundo o relato dos PMs no boletim de ocorrência, os policiais pediram para que Liliane fizesse o teste de etilômetro, mas ela se recusou. Os PMs contam ainda que informaram que a motorista seria autuada e que, se ninguém pudesse buscar o veículo, ele seria apreendido.

Os PMs relatam ainda que, ao ser retirada do veículo, Liliane investiu contra o policial, que aplicou uma queda contra a mulher, fazendo com que ela batesse o rosto no chão.

Ao G1, Liliane contou que estava com o veículo estacionado durante a abordagem e, por isso, não havia como estar dirigindo embriagada.

De acordo com o B.O, Liliane diz que foi arrastada pelos cabelos enquanto tentava sair do veículo e o policial a jogou com o rosto virado para o chão. Por causa disso, ela teve vários ferimentos, precisou levar pontos no nariz e fazer uma tomografia.

Saiba como denunciar violência policial

Destacamos diferentes ferramentas de denúncia contra a violência policial. Além da agressão física, configura-se também pela intimidação moral, no uso ilegal e ilegítimo da força ou da coação. Seja por meio de órgãos públicos ou plataformas digitais, confira dicas sobre como denunciar violência policial:

Disque 100

Canal de comunicação que possibilita conhecer e avaliar a dimensão da violência contra os direitos humanos e o sistema de proteção, bem como orientar a elaboração de políticas públicas.

Ouvidoria de PM

Recebe denúncias contra policiais militares e civis que, eventualmente, tenham cometido atos arbitrários ou ilegais; Faz a apuração das queixas. A denúncia pode ser feita anonimamente, por meio de carta e-mail ou telefone.

Em São Paulo, por exemplo, a denúncia pode ser feita até online.

Corregedoria das polícias Civil e Militar

Criado para apurar desvio de conduta policial, órgão pode instaurar inquérito policial quando o crime é cometido por agentes de segurança e, neste caso, encaminhado à justiça comum.

Ministério Publico – MP

Tem como função processar infratores e fiscalizar ações de órgãos públicos envolvidos em investigação criminal, como polícia e órgãos de perícia.

DefeZap

Desenvolvido em 2016 pelas organização Nossas, a plataforma tem como objetivo dar visibilidade à questão da segurança pública e defesa dos direitos humanos.

A plataforma recebe denúncias de violência policial, realiza apurações preliminares e encaminha casos aos órgãos competentes. Conheça a plataforma.