Polícia identifica novo suspeito de atentado com bomba em Brasília
O empresário do Pará George Washington Souza, de 54 anos, suspeito de atos terroristas em Brasília, contou à polícia que teve um comparsa
A polícia identificou o segundo suspeito de atentado com bomba em Brasília, que consistiu em tentar explodir, na véspera de Natal, um caminhão de combustível em uma rua próxima ao aeroporto da capital do país.
O empresário do Pará George Washington Souza, de 54 anos, suspeito de atos terroristas em Brasília, contou à polícia que teve um cumplice e a polícia identificou essa pessoa. Se trata de Alan Diego dos Santos. De acordo com as autoridades, o homem teria deixado Brasília.
George foi transferido ontem para o Complexo Penitenciário da Papuda, em São Sebastião, na capital federal. Ele contou à polícia, que esteve no acampamento de bolsonarista em frente ao Exército na sexta-feira, 23, à noite e que lá ele deixou a bomba “já preparada” com o comparsa.
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O suspeito afirmou à polícia que acreditava que a bomba seria colocada “tão somente” em um poste energia para interromper o abastecimento de eletricidade em Brasília.
A polícia acredita que a bomba foi colocada no caminhão entre a noite de sexta-feira e as 5h de sábado, pois foi na madrugada de sábado que o caminhoneiro ao fazer uma inspeção no veículo descobriu o explosivo, que continha emulsão de pedreira. O explosivo foi desarmado pelo grupo antibomba da Polícia Militar do Distrito Federal.
Segundo o delegado-geral da Polícia Civil do DF, Robson Cândido, George Washington armou a bomba para chamar a atenção ao grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), que protestam para que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não tome posse. Eles ainda querem que seja feita uma intervenção das Forças Armadas para garantir o não reconhecimento do resultado eleitoral.
Nas redes sociais, grupos bolsonaristas afirmam que George Sousa não é apoiador de Bolsonaro.
Porém, de acordo com fontes da Secretaria de Segurança ouvidas pelo UOL, a polícia no DF observa à paisana os acampamentos e que muitos militantes pró Bolsonaro são monitorados constantemente e sustentam as afirmações do delegado.