Polícia investiga estupro de universitária por motivação política

A mesma estudante já tinha registrado um Boletim de Ocorrência por injúria racial na última terça-feira, 23

26/10/2018 17:06 / Atualizado em 13/05/2025 10:34

Alunos da universidade fizeram um protesto em “repúdio ao fascismo e ao abuso sexual”
Alunos da universidade fizeram um protesto em “repúdio ao fascismo e ao abuso sexual” - Reprodução / Facebook

Uma estudante de 33 anos da Universidade de Fortaleza (Unifor) foi estuprada na tarde desta quinta-feira, 25, nos arredores do campus da instituição privada, uma das mais renomadas do Ceará, após receber ameaças com supostas motivações políticas.

Segundo informações do jornal O POVO, o crime está sendo investigado pela Polícia Civil por meio da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). De acordo com a SSPDS, a vítima foi encaminhada para exame de corpo de delito na Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) e depois levada a uma unidade de saúde.

“Mais detalhes serão repassados em momento oportuno para não comprometer os trabalhos policiais”, informou a polícia. A mesma universitária já tinha registrado um Boletim de Ocorrência por injúria racial na última terça-feira, 23. O ocorrido também é investigado pela DDM.

Em nota, a Unifor reiterou que repudia “qualquer ato de violência”. A instituição diz que está acompanhando a situação junto às autoridades e que os apoios jurídico e psicológico da instituição estão à disposição da estudante “mesmo que o assunto em voga não tenha ocorrido no campus”.

A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil – Ceará (OAB-CE) declarou, em comunicado, que o crime aconteceu “aparentemente por motivações políticas”. “A aluna já havia comunicado as ameaças que sofria há vários dias às autoridades competentes, mas infelizmente a ameaça se concretizou. É lamentável e repugnante o nível que se chega nessas eleições. É preocupante o empoderamento de grupos que repercutem o discurso de ódio”, escreveu a comissão.

O Ministério Público do Ceará (MPCE) também repudiou o crime e afirmou que o “Centro de Apoio Operacional Criminal (Caocrim) tem mantido contatos com a Polícia Civil, estando à inteira disposição para colaborar com o que for necessário para o pleno esclarecimento do caso e para garantir que os responsáveis respondam por seus atos na forma da lei”.

Nesta sexta-feira, 26, alunos da universidade fizeram um protesto em “repúdio ao fascismo e ao abuso sexual” sofrido pela vítima. Assista ao vídeo:

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