Precisamos cuidar umas das outras
Estamos em setembro, mês de combate ao suicídio, e falar de saúde emocional é algo que sempre buscamos abordar no Free Free
Mal chegamos aqui e já queremos falar de festa! Este ano teve que ser virtual por conta da pandemia, mas não podíamos deixar os dois anos do Free Free passarem despercebidos.
Completamos dois anos de existência no dia 24 de agosto. Foram muitos workshops, palestras, tivemos o Festival Free Free que foi um dia inteiro de evento com bate-papos, oficinas, música, muito afeto e troca. Tivemos campanhas contra o racismo, violência e por mais mulheres na política, para ocupar um lugar em que é muito importante ter a nossa presença. Fizemos um vídeo lembrando todas essas ações especiais.
Nesse tempo que passou, aumentamos a nossa atuação, sem perder o nosso propósito que é o de promover a liberdade das mulheres. E em um país como o nosso, isso nem sempre é tão fácil. Temos os dados do Atlas da Violência divulgados recentemente que apontam o assassinato de uma mulher a cada duas horas. Também presenciamos o aumento de denúncias de violência contra a mulher na pandemia em escala global.
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Além desses problemas inconcebíveis de existir em pleno século 21, queremos hoje abordar outro tema que impede as mulheres de serem livres. Estamos em setembro, mês de combate ao suicídio, e falar de saúde emocional é algo que sempre buscamos abordar.
Porque às vezes o que impede uma mulher de viver sua potência não é um fator externo, como um relacionamento abusivo, o preconceito ou a falta de equidade no mercado de trabalho, mas sim as barreiras que ela mesma se impõe.
E isso não é culpa dela. Vivemos em uma sociedade que há séculos julga e categoriza a mulher de acordo com sua aparência física. Que por muito tempo, e infelizmente até hoje, espera um comportamento subserviente das mulheres. Que divulga o mito da mulher perfeita, que não existe e nunca existiu.
Somos mais do que nossos corpos. Somos únicas e diversas, não devemos nos encaixar em padrões. É isso que causa a angústia que tanto afeta a saúde emocional das mulheres: tentar se encaixar, em vez de somente ser quem são.
Precisamos cuidar umas das outras. E cuidar de nós mesmas também. Não ter medo de pedir ajuda. Buscar inspirações positivas ao invés das que ditam padrões. Ressignificar nossas dores e transformá-las naquilo que vai nos impulsionar para realizar o que queremos. Não somente esse mês, mas todos os dias.