Presidente da Funarte é detonado por artistas após discursos polêmicos
Músicos se manifestaram contra declarações de Dante Mantovani, como: “O rock ativa a droga que ativa o sexo que ativa a indústria do aborto"
O novo presidente da Funarte Dante Mantovani foi detonado por artistas após afirmações polêmicas como: “o rock ativa a droga que ativa o sexo que ativa a indústria do aborto”, proferidas em seu canal no YouTube.
Lulu Santos criticou a nomeação de Mantovani para a Funarte. Em uma rede social, ele escreveu: “Afundarte”.
Mantovani, que é maestro e foi nomeado para comandar as atividades de uma das principais entidades que cuidam do incentivo à arte no Brasil, também já criticou o repertório da cerimônia de abertura da Olimpíada do Rio, em 2016, onde Anitta, Caetano Veloso e Gilberto Gil, interpretaram grandes clássicos da MPB
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O cantor Rogério Flausino, vocalista da banda J. Quest, afirmou: “Isto é o que o nosso ‘novo’ presidente da Funarte pensa sobre o rock em 2019… Tá S.U.R.R.E.A.L”.
O presidente da Funarte, depois de criticar o rock, artistas brasileiros, abriu uma exceção para a banda de metal Angra.
“Era uma banda brasileira que tinha grande preocupação com aspectos melódicos, tanto vocais quanto instrumentais, embora o ritmo fosse bastante frenético”, disse.
O baixista da banda Angra, Felipe Andreoli, se manifestou. Ele disse: “Quanta ignorância, quanta desinformação, e que vergonha ter minha banda citada em associação a esse cara”.
Entenda o caso:
O músico Dante Mantovani, nomeado nesta segunda-feira, 2, como o presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte), possui um canal no Youtube em que fala sobre música erudita e teorias da conspiração, e disse, em um vídeo publicado no dia 30 de outubro, que “o rock ativa a droga que ativa o sexo que ativa a indústria do aborto”.
Em um dos vídeos, intitulado “Qual a relação entre os Beatles e Adorno?”, no canal que leva seu nome e tem 6 mil inscritos, o maestro fala que a União Soviética “mandou agentes infiltrados para os Estados Unidos para realizar experimentos com certos discos realizados para crianças” para desestabilizar a juventude americana, e deu como exemplo o surgimento de Elvis Presley na década de 1950.
Depois disso, Mantovani cita Woodstock, que foi um festival de música que aconteceu em 1969, e disse que os Beatles “colocaram em prática as ideias da Escola de Frankfurt” para destruir a cultura ocidental. Sobre o festival, o maestro ainda acrescentou que existem indícios de que “a distribuição em larga escala de LSD foi feita pela CIA (Agência Central de Inteligência)” durante o evento.
E concluiu: “O rock ativa a droga que ativa o sexo que ativa a indústria do aborto. A indústria do aborto por sua vez alimenta uma coisa muito mais pesada que é o satanismo. O próprio John Lennon disse abertamente que fez um pacto com o diabo para ter fama”.