Presidente do BB diz que curso sobre assédio fomenta rivalidade
Após puxão de orelha de Bolsonaro, Novaes diz que conceitos como diversidade foram capturados pela esquerda radical para fins políticos e ideológicos
Depois de Jair Bolsonaro criticar o Banco do Brasil por exigir de servidores um curso de ética, diversidade e de combate ao assédio sexual para serem promovidos, o presidente da instituição, Rubem Novaes, se posicionou dizendo também ser contra.
Em um e-mail encaminhado ao jornal O Globo, Novaes disse que conceitos como diversidade foram capturados pela esquerda radical para fins políticos e ideológicos a fim de fomentar uma “guerra cultural” que cria rivalidade entre negros e brancos, pobres e ricos, mulheres e homens, homossexuais e heterossexuais e até entre bandidos e “respeitadores da lei e da ordem”.
“A “guerra cultural” foi um tema sobejamente coberto na campanha presidencial e o povo manifestou nas urnas sua inconformidade com a utilização de conceitos politicamente corretos para fins negativos e inconfessáveis”, afirmou Novaes ao jornal.
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Novaes ainda disse que Bolsonaro o chamou atenção ao saber dessa política no banco e que após ouvir o presidente deu inteira razão a ele.
O conteúdo do curso trata – entre outros assuntos – de equidade de gênero, prevenção à violência contra a mulher e assédio sexual no trabalho.
Para Bolsonaro, no entanto, tais questões deveriam ser tratadas na área da educação. “Olha só o nível de aparelhamento que existe no Brasil. Isso aqui é processo de educação. Não precisa fazer curso nesse sentido. Nos futuros editais, não teremos mais essa obrigatoriedade. Um conselho que eu dou a vocês é: que se, porventura, alguém que for aprovado no concurso e for exigido esse diploma, você pode entrar na Justiça, que tu vai ganhar (sic). Se bem que eu vou tentar junto ao Banco do Brasil ainda para que se evite isso”, escreveu em seu perfil no Facebook.
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