Preso em operação no Rio, pastor Everaldo batizou Bolsonaro em Israel
Entre 2016 e 2018, Everaldo também foi companheiro de partido de Jair Bolsonaro
O pastor Everaldo, presidente nacional do PSC, e seus dois filhos, Filipe Pereira e Laércio Pereira, foram presos na manhã desta sexta-feira, 28, na Operação Tris in Idem, que também determinou o afastamento do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC).
Além de presidente nacional do PSC, partido de Witzel, o pastor Everaldo também já foi chefe da Casa Civil no governo Antonhy Garotinho, outro ex-governador preso por corrupção.
Em 2014, o pastor Everaldo foi candidato à Presidência da República sem nunca ter ocupado um cargo político. Na época, era pastor da igreja Assembleia de Deus do Ministério Madureira.
- Bolsonaro divulga sua conta no LinkedIn e vira piada nas redes
- Bolsonaro acha que será preso pelo STF, revela líder do governo
- Filho de Roberto Jefferson faz birra para Bolsonaro após papai ser preso
- A merda que pode dar na democracia se Bolsonaro for reeleito
O pastor também já foi deputado federal e candidato ao Senado Federal.
Entre 2016 e 2018, Everaldo também foi companheiro de partido de Jair Bolsonaro (hoje sem partido, mas que cogita retornar a sigla). O pastor chegou a batizar o presidente nas águas do rio Jordão, em Israel, em 2016.
Entenda a prisão do Pastor Everaldo
O Everaldo foi citado na delação premiada do ex-secretário de saúde do Rio de Janeiro Edmar Santos, também preso por corrupção, como o “chefe” da pasta.
De acordo com a delação, o governador Wilson Witzel repassou R$ 15 mil em espécie ao pastor Everaldo um dia antes da deflagração da Operação Placebo.
“Trata-se de provável tentativa de esconder valores supostamente ilícitos, angariados em espécie (prática usual utilizada por grupos criminosos para evitar o rastreamento do dinheiro)”, diz o ministro do STF (Superior Tribunal de Justiça) Benedito Gonçalves
Um relatório de inteligência financeira revelou que o pastor Everaldo comprou um imóvel no valor de R$ 2.050.000, usando dinheiro vivo para pagar parte do bem adquirido.