Pressão pode salvar pasta do Meio Ambiente, diz autora de petição
Na última terça-feira, dia 30, o presidente eleito Jair Bolsonaro e seus aliados anunciaram a intenção de fundir os ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura. A confirmação de que a pasta ambiental pode ser extinta partiu do deputado federal Onyx Lorenzoni, indicado para a Casa Civil. No entanto, após sofrer duras críticas, o futuro presidente fez um recuo. Sua equipe declarou que o tema ainda será discutido.
Apesar de a fusão estar prevista dentro do plano de governo de Bolsonaro, ele declarou, durante campanha eleitoral, que poderia repensar o assunto e que estava “pronto para negociar”.
O movimento Dia do Basta iniciou um abaixo-assinado na Change.org contrário à fusão entre os dois ministérios no começo da semana. “Nós estamos por aqui para cobrar a negociação à qual ele se diz disposto”, diz Laura Xavier, professora e coordenadora do movimento. Mais de 100 mil pessoas já assinaram a petição, que continua crescendo.
Leia a petição: www.change.org/FicaMeioAmbiente
A fusão entre os ministérios foi criticada por ambientalistas e por importantes representantes do agronegócio brasileiro. O próprio Ministério do Meio Ambiente declarou, em nota, ver com “surpresa e preocupação” o anúncio da fusão.
Laura acredita que a pressão popular pode fazer Bolsonaro recuar oficialmente. “Além da pressão interna, o Brasil já sofre com as pressões externas devido aos acordos comerciais com os países europeus que pesam pela conservação do meio ambiente”, diz.
O Dia do Basta, coordenado por Laura, é um movimento apartidário, social, pacífico e sem fins lucrativos, que defende o resgate da ética nos três Poderes do país (Executivo, Legislativo e Judiciário).