Produtores de ‘Bruna Surfistinha’ reagem à ataque de Bolsonaro

Ontem, o presidente criticou o patrocínio federal a produções audiovisuais como o filme estrelado por Deborah Secco

19/07/2019 09:11 / Atualizado em 11/09/2019 12:11

Indignados com o ataque feito pelo presidente Jair Bolsonaro, os produtores de “Bruna Surfistinha” disseram que o filme gerou centenas de empregos, e que a série, gravada após o filme, foi uma das mais vistas na América Latina.

Nesta quinta-feira, 18, durante evento em comemoração aos 200 dias de governo, Bolsonado criticou o patrocínio federal a produções audiovisuais como “Bruna Surfistinha”.

“Não posso admitir que, com dinheiro público, se façam filmes como o da Bruna Surfistinha”.

Jair Bolsonaro detonou o filme de Bruna Surfistinha em evento de 200 dias de mandato
Jair Bolsonaro detonou o filme de Bruna Surfistinha em evento de 200 dias de mandato - Reprodução/Agência Brasil e Divulgação

O filme do diretor Marcus Baldini, com a atriz Deborah Secco como protagonista, teve mais de 2 milhões de espectadores, a segunda maior bilheteria de 2011, revela a coluna Painel da Folha.

Logo após a fala de Bolsonaro, internautas foram às redes sociais lembrar que o presidente, quando era deputado, disse que que usava verna pública para ‘comer gente’. A fala foi uma resposta ao questionamento feito pela Folha sobre o o recebimento de auxílio-moradia da Câmara, mesmo Bolsonaro tendo imóvel próprio em Brasília.

Ancine

Ontem, o presidente Bolsonaro também disse que pretende transferir a Ancine (Agência Nacional do Cinema) do Rio de Janeiro para Brasília.

 

O primeiro passo foi assinar um decreto transferindo o Conselho Superior do Cinema, responsável pela formulação da política nacional de audiovisual, do Ministério da Cidadania para a Casa Civil.

De acordo com a Folha, a mudança da Ancine para Brasília e a transferência do órgão colegiado para a Casa Civil acontecerão com o intuito de Bolsonaro ter mais influência sobre as decisões das estruturas federais.