Professor dedica parte da aula às libras pra incluir aluna surda
Inclusão é tudo, né? E essa história, portal Revide, é a coisa mais linda, uma dose de otimismo pra encerrar o dia. Um professor de história, de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, passou a dedicar parte de suas aulas para ensinar Libras – a Língua Brasileira de Sinais.
Tudo porque uma das alunas, Isabela Fracaroli, de apenas 11 anos. A garotinha é deficiente auditiva e foi a responsável pela mudança no plano de aulas. A nova ‘matéria’ tem agradado os alunos e, principalmente, a garota, que agora se sente contemplada.
O professor é Lucas Dario Romero Y Galvaniz, que dá aula na Escola Municipal Alfeu Luiz Gasparini. Ele notou que Isabela tinha dificuldade de se comunicar com outros alunos, apesar de muito inteligente.
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“A Isabela é muito inteligente. Percebi que ela não falta, e supus que fosse em razão da intérprete e das outras crianças surdas que ela tem para conversar na escola, já que os pais não sabem muito sobre a língua dos sinais. Perguntei para a intérprete, e era isso mesmo”, disse ao site Revide.
Ele resolveu então mostrar aos alunos a importância da inclusão da forma mais divertida e prática: um belo dia chegou falando espanhol na aula, propositalmente, para que os alunos não o compreendessem. O objetivo era justamente o de mostrar como é importante aprendermos a nos comunicar e a compreender, nem que seja apenas um pouco, uma língua.
Não é só Isabela quem aprende, mas o professor também recebe ensinamentos preciosos dia a dia. Desde que começou, ele disse aos alunos que parte de suas aulas de história seriam “doadas” para que a intérprete os ensinasse Libras, e o resultado tem sido incrível.
“Para minha surpresa eles adoraram a ideia. Os alunos sempre me surpreendem. A atividade começou e volta após a greve. Em uma brincadeira, eles já aprenderam sinais básicos para incluir a Isa. Já conversei com a direção e tudo foi autorizado”. – completou.
A intérprete, Kerima Garcia Santana, que também trabalha na escola como professora e é responsável por traduzir o que é passado pelos professores às crianças surdas, também adorou a ideia: “Com esse projeto, além de incluir a Isabela, ela não vai ter tanta dependência do intérprete e, também, poderá se comunicar com os amigos”.
Isabela, desde que começou a ser incluída efetivamente na didática, passou a ter mais amigos e socializar melhor. E ela ainda revela os planos para o futuro: “Eu sonho em ser professora”. Não é lindo?
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