Professor é chamado de macaco e esfaqueado no Dia da Consciência Negra
"Fui chamado de macaco. Reagi, fui esfaqueado!", escreveu o docente do curso de Jornalismo da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Juarez Xavier
O professor do curso de Jornalismo da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Juarez Xavier, foi chamado de macaco e esfaqueado com um canivete, nesta quarta-feira, 20, Dia da Consciência Negra, em Bauru, no interior de São Paulo.
O caso de racismo foi relatado nas redes sociais pela vítima. “Fui chamado de macaco. Reagi, fui esfaqueado!”, escreveu Xavier.
Segundo a Polícia Militar, o professor caminhava em uma avenida da cidade quando um homem passou e o xingou de macaco. Xavier questionou o agressor e então foi jogado no chão e agredido com o canivete.
Ele teve duas perfurações, uma no ombro e outra no tórax, informou a polícia que também contou que foram pessoas que passavam na rua que seguraram o agressor até a chegada das autoridades que o prenderam.
Xavier foi levado para uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) e após tratar os ferimentos foi liberado.
Racismo: saiba como denunciar e o que fazer em caso de preconceito
Racismo é crime previsto pela Lei 7.716/89 e deve sempre ser denunciado, mas muitas vezes não sabemos o que fazer diante de uma situação como essa, nem como denunciar, e o caso acaba passando batido.
Para começar, é preciso entender que a legislação define como crime a discriminação pela raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, prevendo punição de 1 a 5 anos de prisão e multa aos infratores.
A denúncia pode ser feita tanto pela internet, quanto em delegacias comuns e nas que prestam serviços direcionados a crimes raciais, como as Delegacias de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), que funcionam em São Paulo e no Rio de Janeiro. Para informações, clique aqui.