Professores da FGV são acusados por alunos de machismo e racismo

Uma das acusações de machismo e racismo feita por alunos da FGV em grupo do Facebook.

Alunos da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP) têm relatado declarações de machismo e racismo por parte de alguns professores de economia e administração da instituição. As acusações foram postadas em um grupo do Facebook exclusivo para alunos da FGV e estão sendo avaliadas por uma comissão de ética da coordenadoria da faculdade, segundo informações de matéria publicada no portal G1.

Entre os relatos dos estudantes, uma aluna conta que um professor fez declarações machistas no dia 8 de março, data que marca a celebração do Dia Internacional da Mulher. A estudante conta no grupo que um professor disse que “mulher só faz o trabalho quando enche ela de porrada. Não tem que tratar mulher com beijo e mimimi! Tem que tratar com tapa, tem que mostrar que quem manda é o homem”.

Outra estudante conta que já foi chamada de “moreninha” e de “feminista no bom sentido” por um professor. “Ele ainda estava tentando explicar como que dava para usar bebida em atenuante em um caso de estupro”, acusa.

Em nota oficial, a FGV afirma que não conhece as postagens com as denúncias dos alunos, mas que “rechaça qualquer tipo de discriminação ou preconceito”. A instituição também relata que, em nenhum momento, essas acusações foram formalizadas.

O Diretório Acadêmico Getúlio Vargas (DAGV) já está se posicionando em relação às declarações. Segundo o DAGV, outras ocorrências de assédio sexual, homofobia e racismo que mencionam participação dos alunos estão sendo avaliadas.

Essa não é a primeira vez que a instituição é relacionada a acusações de machismo e racismo. Recentemente, uma aluna de 17 anos, caloura da faculdade de administração de empresas da FGV, foi hostilizada com gritos da torcida de “Negrinha, aqui, não!”, enquanto participava de um campeonato esportivo interno da faculdade.