Proibido de oferecer consultas gratuitas a animais de população carente, veterinário faz apelo na internet

Com informações do jornal Folha de S. Paulo

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Ricardo Fehr Camargo atendendo em sua clínica[/img]

Segundo o conselho, somente uma ONG poderia fazer tal ação e não uma clínica particular por não ser considerada um serviço de utilidade pública. Assista ao vídeo e leia a matéria completa no site Animais Sensacionais.

Atualmente, o veterinário suspendeu os atendimentos gratuitos que fazia após ser autuado pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária. Ele foi autuado sob alegação de que seu trabalho infringe o Código de Ética da profissão. Ainda segundo o órgão, Camargo oferece consultas gratuitas e usa isso para promover sua clientela de forma irregular. Sem registro no conselho, ele tem até 30 dias para regularizar a situação.

Confira outros casos de veterinários perseguidos 

Segundo matéria divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo nesta quinta-feira, 11, o caso de Camargo não é fato isolado no Brasil. Em outras regiões, órgãos regionais impedem a ação de veterinários que oferecem atendimento gratuitos.

Em Campo Grande (MS), o veterinário André Luis da Fonseca, que atendia animais de rua encaminhados por uma ONG local, foi autuado por supostas irregularidades em sua clínica, além da prestação de serviços gratuitos. Fonseca, que é professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), alegou que as consultas feitas em casa, sem cobrança, é uma oportunidade de coletar material para suas aulas. Apesar disso, o conselho de medicina veterinária justificou que “foram encontradas inúmeras irregularidades” no serviço oferecido.

Em 2014, o veterinário Fernando Ibanez, de Curitiba foi proibido de organizar mutirões gratuitos de vacinação, segundo o conselho veterinário paranaense. O motivo? O órgão considerava que as campanhas atendiam públicos “de alta e baixa renda, o que prejudica os colegas de profissão”.

Um ano antes, em Santa Catarina, duas veterinárias conseguiram o direito de realizar mutirões de castração gratuita. À época, a sentença beneficiou a ação social, entendendo que o conselho apenas dificultava o trabalho das veterinárias por meio de uma “burocracia desarrazoada e ilegal”.