Projeto colaborativo mapeia ciclovias invisíveis com fotos
Fotógrafa transformou TCC em projeto que dá visibilidade aos ciclistas sem ciclovia
O Rio de Janeiro possuí a maior malha de ciclovias do país, 361 km de acordo com a prefeitura, porém ela não chega a boa parte da cidade. Com isso, as pessoas pedalam dividindo as ruas com carros e ônibus. E, o projeto “Ciclovias Invisíveis”, criado pela fotógrafa Michelle Castilho, dá visibilidade para esses ciclistas sem ciclovias.
Michelle transformou o que viu em trabalho de conclusão do curso de Jornalismo. O TCC virou causa e o projeto continuou mesmo após sua apresentação. Começou como um blog simples e se tornou um site colaborativo, lançado neste mês. “Com o tempo, passei a usar o celular para fazer as imagens, pela facilidade de atualização através do Instagram”, explica.
- Bike em SP: 6 passeios para curtir com a magrela na cidade
- Facebook bane foto de médico cubano por atividade sexual e nudez
- Peru: 10 dicas do que fazer na encantadora Lima
- Como uma cidade alemã quer se tornar a capital das bikes até 2020
Hoje, o Instagram @cicloviasinvisiveis possui mais de 1600 fotos. Confira algumas feitas por Michelle:
Com o novo site, as pessoas postam fotos no Instagram usando a hastag #cicloviasinvisiveis e a imagem é carregada automaticamente em uma galeria. Antes, eram enviadas para Michelle para serem publicadas no blog.”Recebo fotos de todo Brasil. O ‘Pedala Manaus’ é um dos que mais contribuem para o projeto, assim como os ‘Bicicleteiros suburbanos’, que postam fotos do subúrbio do Rio”, diz.
Além das fotos colaborativas, o site possui galerias com imagens feitas por Michelle em eventos relacionados a bicicletas. Além de um blog onde a fotógrafa relata a vida de cicloativista.
As imagens das Ciclovias Invisíveis foram expostas uma vez, em 2012, quando Michelle apresentou o TCC. A ideia com o novo site é criar uma nova mostra. Confira abaixo as imagens da primeira exposição:
Ciclovias visíveis
De acordo com Michelle, as ciclovias cariocas tem suas peculiaridades, existem as boas e as ruins. “Não sou a maior usuária das ciclovias visíveis, mas elas precisam ser avaliadas separadamente. Conheci que foram implantadas em São Paulo, fiquei muito feliz com o que o vi, espero que o Rio se inspire”, afirmou.
Para ela, o real problema é a falta de respeito com os ciclistas no transito. “Muitos não sabem, mas a bicicleta tem esse direito assegurado pelo CTB. Na Europa, quando dividimos as vias com os carros somos respeitados. No Brasil ainda é muito forte a cultura de quem ter carro é bem sucedido e quem usa bicicleta não é. Isso só piora a relação motorista-ciclista no trânsito”, diz.
Conheça mais sobre o projeto acessando o site “Ciclovias Invisíveis”, o Facebook ou o Instagram.