Promotora deixa caso Marielle após repercussão de apoio a Bolsonaro
De acordo com o MP, Carmem Eliza Bastos de Carvalho tomou a decisão após a repercussão das imagens de suas redes sociais
A promotora de Justiça Carmen Eliza Bastos de Carvalho pediu afastamento da investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, nesta sexta-feira, 1º, informou o Ministério Público.
A oficial teve sua imparcialidade questionada após a repercussão de fotos dela apoiando o presidente Jair Bolsonaro nas eleições e posando ao lado do deputado Rodrigo Amorim (PSL-RJ) que quebrou a placa em homenagem a vereadora.
“Em razão dos acontecimentos recentes, que avalia terem alcançado seu ambiente familiar e de trabalho, Carmen Eliza optou voluntariamente por não mais atuar no Caso Marielle Franco e Anderson Gomes, pelas razões explicitadas em carta aberta à sociedade”, informou o MP.
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Na carta, a promotora afirma que em 25 anos de carreira “jamais atuou sob qualquer influência política ou ideológica” e que a repercussão das suas postagens nas redes sociais alcançaram seu ambiente “familiar e de trabalho”.
Veja as publicações que levaram Carmem a se desligar das investigações.
Carmem estava na coletiva do Ministério Público na quarta-feira 30, quando foi revelado que era falso o depoimento do porteiro que relacionou o presidente Jair Bolsonaro a morte de Marielle.
O MP explicou que “as investigações que apontaram os executores de Marielle Franco e Anderson Gomes foram conduzidas pelas Promotoras de Justiça Simone Sibilio e Letícia Emile Petriz. Findas as investigações, a Promotora de Justiça Carmen Eliza Bastos de Carvalho passou a atuar na ação penal em que Ronnie Lessa e Élcio Queiroz são réus, a partir do recebimento da denúncia pelo 4ª Tribunal do Júri da Capital”.