Provável chefe da PF passou Réveillon de 2019 com Carlos Bolsonaro

Alexandre Ramagem é o atual diretor-geral da Abin e chefiou a equipe responsável pela segurança de Bolsonaro na campanha de 2018

25/04/2020 20:00 / Atualizado em 28/04/2020 18:20

O delegado Alexandre Ramagem Rodrigues, 47 anos, preterido pelo presidente Jair Bolsonaro para o cargo de diretor-geral da Polícia Federal, é amigo íntimo do vereador Carlos Bolsonaro. A denúncia é do deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ).

Freixo publicou no começo da noite deste sábado, 25, uma foto em que Alexandre e Carlos aparecem abraçados. A imagem sera do Réveillon de 2019, véspera da posse de Bolsonaro.

Léo Índio, Carlos Bolsonaro e Alexandre Ramagem no Réveillon de 2019
Léo Índio, Carlos Bolsonaro e Alexandre Ramagem no Réveillon de 2019 - Reprodução/Twitter

“SERÁ QUE AINDA PRECISA DESENHAR??? Esse aí é o Alexandre Ramagem passando o réveillon com o Carluxo. É esse amigo íntimo da família que Bolsonaro quer colocar na chefia da Polícia Federal. Não permitiremos. A PF não pode ser transformada numa guarda pessoal do presidente”, escreveu Freixo no Twitter.

Alexandre Ramagem é o atual diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência). Ele também chefiou a equipe responsável pela segurança de Bolsonaro durante a campanha de 2018 e goza da confiança dos filhos do presidente.

Fake news

Investigação da Polícia Federal, conduzida pelo STF (Supremo Tribunal Federal) aponta o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) como o mentor das fake news contra os ministros da Suprema Corte, segundo reportagem da Folha.

A revelação surge um dia após o ex-ministro Sergio Moro (Justiça) acusar o presidente Jair Bolsonaro de querer interferir em investigações da PF.

Investigação sigilosa aponta Carlos Bolsonaro como articulador de fake news contra o Supremo
Investigação sigilosa aponta Carlos Bolsonaro como articulador de fake news contra o Supremo - Agência Brasil

Segundo o jornalista Leandro Colon, para cúpula da PF, não há dúvida de que Bolsonaro pressionou o ex-diretor da instituição Mauricio Valeixo, porque sabia que a investigação chegou ao seu filho.

Ainda segundo a reportagem, a Polícia Federal também investiga a participação de seu irmão Eduardo Bolsonaro, deputado federal pelo PSL de SP. Leia aqui a reportagem completa