Qual a relação entre mudanças climáticas e saúde mental
Você sabia que as mudanças climáticas afetam a saúde mental? A especialista Helen Gurgel, da UnB, nos ajuda a comprender a amplitude do tema. Assista!
Sempre quando falamos em mudanças climáticas, é preciso compreender que elas têm impactos diretos e indiretos. Depressões e ansiedades profundas são alguns deles.
A alteração nos padrões das chuvas, aumento dos eventos extremos, do nível do mar e acidificação dos oceanos são apenas alguns dos exemplos de consequências diretas. Já a qualidade da água, a poluição do ar, mudanças ecológicas e no uso do solo são efeitos indiretos. Ambos são graves e trazem incidências negativas à saúde humana por meio de desnutrição, doenças cardiovasculares, respiratórias, infecciosas, alergias, lesões e, inclusive, distúrbios mentais.
Um estudo chamado How climate change is affecting your health (2016) estima que, entre 2030 e 2050, as mudanças climáticas podem causar 250 mil mortes por ano – devido, principalmente, à malária, desnutrição, diarreias e estresses por calor.
Quando relacionamos um panorama mundial entre as emissões de gases de efeito estufa, mudanças climáticas e saúde, pouco falamos sobre saúde mental – que é um tema muito recorrente na atualidade. Segundo a professora Helen Gurgel, coordenadora do Laboratório de Geografia, Ambiente e Saúde da Universidade de Brasília (UnB), os quadros patológicos de estresse pós-traumático e depressão estão associados às catástrofes naturais, por exemplo.
“A mudança climática se reflete em alguns extremos. Inundações, situações que vão chegar à ruptura. Isso acaba levando uma desestabilidade e acaba prejudicando a sua saúde mental. Se ela não for trabalhada, ela vai levar a casos extremos como suicídios ou casos que levam a depressões ou ansiedades profundas, que acabam acarretando no próprio físico e em um custo muito alto para a sociedade”, alerta Gurgel.
Assista ao vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=DrCxgZGQBo8
O Dia Nacional da Conscientização sobre Mudanças Climáticas, celebrado no próximo dia 16 de março, visa ampliar o conhecimento para subsidiar a tomada de decisão. Precisamos de atores envolvidos na temática de clima e saúde e, assim, popularizar a comunicação do risco e ampliar as estratégias de divulgação das iniciativas e dos objetivos obtidos em resposta à crise climática. Faça parte desse movimento e compartilhe esse vídeo!