Biblioteca do futuro é espaço de inovação e compartilhamento de ideias
Como algumas iniciativas podem manter as bibliotecas vivas
Além do empréstimo de livros, algumas bibliotecas passam a ser agora verdadeiros centros para a mudança social e econômica da população. Chamadas de Maker Sapaces, ou espaços de criação, elas agora passaram a se adaptar às necessidades locais.
Duas bibliotecas nos Estados Unidos – a Westport Libray, em Connecticut, e a Fayetteville Free Library, em Nova York – já tem seus Maker Spaces, destinados ao desenvolvimento de projetos que estimulem idéias inovadoras, como oficinas de recuperação de SuperNintendos, aulas de serigrafia e até montagem de maquetes de aviões.
Em construção
Iniciativas como essa surgem para por em xeque uma ideia comum, mas errada, a de que as bibliotecas estão com os dias contados. Tanto nos países mais desenvolvidos – onde grande parte da população tem acesso à web -, quanto nos em desenvolvimento – onde há pessoas que nem sabem como navegar -, as bibliotecas estão ganhando usos alternativos.
Talvez as possibilidades de utilização desses espaços sejam ainda mais interessantes nos países considerados subdesenvolvidos. Em Medellin, Colômbia, as unidades “Parque Biblioteca” dão acesso a livros, claro, mas também a e-books e internet. Há na cidade, por exemplo, vários serviços públicos que podem ser realizados pela internet, mas grande parte da população sequer sabe se conectar.
Em Bangladesh, Burkina Faso, Venezuela, Quênia, Uganda, Tailândia, Etiópia e Tanzânia há iniciativas semelhantes, como as organizações Beyond Access, Shidhulai Swanirvar Sangstha e Makaia. Para seus idealizadores, no futuro as bibliotecas devem se tornar centros de conhecimento. Em um primeiro momento, elas fornecerão a base de informações necessária para as pessoas navegarem no mundo virtual. Futuramente, promoverão tecnologias de informação e comunicação para o desenvolvimento de projetos comunitários.