Quem é Nelson Teich, novo ministro da Saúde de Bolsonaro
Nelson Teich é médico oncologista e já foi consultor do Hospital Israelita Albert Einstein
Após demitir Luiz Henrique Mandetta, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), escolheu o médico oncologista Nelson Teich para assumir o Ministério da Saúde, em meio a pandemia do novo coronavírus.
Nelson Luiz Sperle Teich é formado em Medicina pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), especialista em oncologia pelo Instituto Nacional do Câncer e doutor em Ciências e economia da Saúde pela Universidade de York, no Reino Unido.
O novo ministro fundou o Grupo Clínicas Oncológicas Integradas (COI), o qual presidiu entre 1990 e 2018.
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Entre 2001 e 2011, Teich prestou consultoria no Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo. Ele também foi consultor de Bolsonaro, para área da saúde, na campanha à Presidência em 2018, chegando a ser cotado para o Ministério.
Atuou como conselheiro e consultor da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, atualmente comandada por Denizar Vianna.
Mandetta foi demitido pelos incisivos embates contra o presidente e forma como enfrentar a pandemia do novo coronavírus. Bolsonaro é contra o isolamento social, defende que apenas os idosos e integrantes dos grupos de risco fiquem em quarentena, o que Mandetta considera insuficiente para coibir o avanço da covid-19. Além desta polêmica, o uso do medicamento cloroquina para tratar os infectados, também foi alvo de diversas discussões.
“O Nelson é dos principais oncologistas do país e é um grande empresário, empreendedor e gestor de saúde. Seu momento atual é de dedicação a causas públicas”, diz Angélica Nogueira, diretora da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).
Mas e Nelson Teich? O que o novo ministro da Saúde pensa sobre essas questões?
Em seu perfil no LinkedIn, Teich publicou um artigo criticando a ‘polarização’ entre saúde e economia e afirmou: “Esse tipo de problema é desastroso porque trata estratégias complementares e sinérgicas como se fossem antagônicas. A situação foi conduzida de uma forma inadequada, como se tivéssemos que fazer escolhas entre pessoas e dinheiro, entre pacientes e empresas, entre o bem e o mal”, escreveu.
Assim como o antigo ministro, Teich não é defende o isolamento vertical, em outro artigo publicado na rede social, o médico defende o isolamento horizontal como a “melhor estratégia no momento” no combate à pandemia.
“Diante da falta de informações detalhadas e completas do comportamento, da morbidade e da letalidade da covid-19, e com a possibilidade do Sistema de Saúde não ser capaz de absorver a demanda crescente de pacientes, a opção pelo isolamento horizontal, onde toda a população que não executa atividades essenciais precisa seguir medidas de distanciamento social, é a melhor estratégia no momento. Além do impacto no cuidado dos pacientes, o isolamento horizontal é uma estratégia que permite ganhar tempo para entender melhor a doença e para implantar medidas que permitam a retomada econômica do país”, escreveu Teich.
Para o novo ministro, também é fundamental a testagem em massa para ter dimensão do coronavírus no Brasil. “Estamos falando aqui do uso de testes em massa para covid-19 e de estratégias de rastreamento e monitorização, algo que poderia ser rapidamente feito com o auxílio das operadoras de telefonia celular”, afirmou.
Qual é a opinião de Nelson Teich sobre a cloroquina?
Em outro artigo publicado no LinkedIn, Nelson Teich diz que a cloroquina é uma esperança para tratar a covid-19, mas não defende sua utilização de forma ampla como Bolsonaro faz.