‘Meus pais trabalhavam e nunca pediram desculpa’, diz Rafa Brites

18/09/2017 16:07

É inegável que a transformação das sociedades impõe novas configurações familiares. Neste novo cenário, a responsabilidade por equilibrar os múltiplos papeis sociais recai principalmente sobre a mulher, que quase sempre precisa fazer um verdadeiro malabarismo para conciliar maternidade, trabalho, família e convívio social.

Conhecida por sua postura de militância a favor da maternidade desromantizada, a apresentadora Rafa Brites cedeu uma entrevista sobre o assunto para a Folha de São Paulo, em que fala sobretudo sobre a culpa que inevitavelmente assombra as mulheres que se tornam mães.

“Fico chateada de saber que às vezes vou deixar de acompanhar alguma coisa do desenvolvimento dele. Não dá para recuperar esse tempo, mas faço outras atividades com ele, além de brincar. Amo dar banho, trocar fralda, colocar para dormir”, disse ela ao F5. “A culpa é mais forte do que eu imaginava”.

Em sua fala, Brites reconhece que a culpabilização em relação à criação dos filhos não é somente social, mas interna, e chama a atenção para o fato de que a culpa que muitas mães e pais sentem hoje é algo recente, lembrando que gerações anteriores tratavam o assunto com mais naturalidade.

Na entrevista, Brites ressalta que a escolha de passar mais tempo com os filhos é algo que a maioria das pessoas não tem, e relembra como a geração de seus pais lidavam com a culpa.
Na entrevista, Brites ressalta que a escolha de passar mais tempo com os filhos é algo que a maioria das pessoas não tem, e relembra como a geração de seus pais lidavam com a culpa.

“Na minha geração, meus pais trabalhavam fora e nunca pediram desculpas por isso. Afinal, era por um motivo maior. Então eu tento parar com isso. A maternidade é maravilhosa, mas tem suas dificuldades”, defende.

Na entrevista, a apresentadora reconhece também seu lugar de privilégio na sociedade, que influencia diretamente na forma como pode exercer sua maternidade.

“Não é fácil para ninguém. Para algumas pessoas no Brasil, que têm privilégios, como eu, é melhor. Tenho plano de saúde, estrutura familiar e financeira. Mas se para mim ainda assim já é difícil, imagine para quem não tem”, comenta.

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*Com informações de Folha de São Paulo

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