Rage Art: intervenções urbanas buscam a reflexão do observador
As artes irônicas de Rage querem despertar a consciência do coletivo
Artificial nas ruas: em meio aos postes, uma teia de aranha[/img]
A história do artista tem início em sua infância: aos 10 anos, Rage fez seu primeiro estêncil, lembrança que o marca até hoje. “Na época nem sabia o nome daquilo, via nas vinhetas do programa “Rá-Tim-Bum” da TV Cultura e tentei fazer igual”, conta o artista.
Aos 18 anos, Rage descobriu o que realmente era estêncil, utilizando a internet para pesquisar sobre o assunto. Ele, então, começou a fazer vários desenhos, estampou camisetas para amigos e para si próprio. O artista conta que alguns amigos o incentivaram para continuar a arte: “Me falaram que eu podia fazer meus estênceis em papel adesivo e sair colando por aí, o famoso ‘sticker'”. A partir disso, Rage levou seu trabalho para as ruas, sempre com a vontade de fazer coisas novas.
Sua primeira arte de rua foi a série Artificial, que são teias de aranha feitas com barbante, e as caixas de remédio enormes, utilizando caixas telefônicas como suporte. “Sempre saía por aí com um caderninho observando ao redor e pensando em várias maneiras de interagir artisticamente com o ambiente. Boa parte destes rascunhos nunca foram concretizados, mas fico feliz com o pouco que pude realizar. Comecei a produzir obras também fora da rua e a tentar viver disso, coisa que continuo tentando”, afirma Rage.
Como inspiração, Rage recorre ao mundo, aos carros, às ruas, às coisas corriqueiras. Ele tenta observar o que parece comum para o resto das pessoas. Em seus trabalhos, o artista pensa sempre em despertar algo dentro de quem os observa. “Algo que a faça refletir e repensar, não só sobre suas atitudes diárias, mas de toda humanidade.”
Para conferir as obras acesse: www.rageart.com.br.