Refém de assalto em Araçatuba relata momentos de terror e pânico

O morador que foi colocado em cima do capô de um carro durante o assalto ainda relatou ter sofrido ameaças de morte pelos bandidos

30/08/2021 20:07 / Atualizado em 02/09/2021 13:00

Um homem, morador de Araçatuba, que foi feito refém colocado em cima do capô de um carro durante o assalto a agências bancárias, na cidade do interior paulista, relatou momentos de terror e pânico que viveu. Segundo ele, ainda foi ameaçado de morte pelos bandidos e usado como escudo humano. As informações foram obtidas pelo portal G1.

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Refém de assalto em Araçatuba relata momentos de terror e pânico
Refém de assalto em Araçatuba relata momentos de terror e pânico - Reprodução/Twitter

O refém não teve a identidade revelada por motivos de segurança. Ele contou que estava indo buscar um passageiro perto rodoviária, quando se deparou com os criminosos.

“Estava a trabalho e eles já estavam com as ruas fechadas. Me abordaram, mandaram eu sair do carro, tiraram minha camisa e jogaram meu boné para o chão”, afirmou o homem.

O crime bárbaro em Araçatuba, interior de São Paulo, chocou o Brasil durante a madrugada desta segunda-feira, 30. Um grupo de, pelo menos, 20 criminosos realizou assalto a banco, fazendo diversas pessoas de reféns. O crime terminou em tiroteio e deixou três mortos e ao menos três feridos.

A quadrilha espalhou bombas pelas ruas do centro e usou moradores de escudo. Alguns foram amarrados aos carros do grupo. Os ataques foram feitos a três agências bancárias da cidade.

O morador de Araçatuba contou que os bandidos ligaram para o polícia, mas que quando a ligação era completada, eles desligavam para confundir os agentes.

Ainda segundo o refém, os criminosos “davam tiro para o alto, deram tiro em cima dos prédios. Aí um deles tomou um tiro do meu lado, tomou tiro no pescoço e morreu na hora. Eles me fizeram puxar o corpo, colocar dentro do porta mala do carro”, disse.

“Na hora que me colocou no capô do carro, ele ainda falou: ‘se você soltar, se você se jogar, eu paro o carro e dou um tiro na sua cara’. Eu acho que eu nunca segurei num lugar tão forte igual eu segurei aquela hora. Eles passavam em lombada, passavam em depressão da rua, e o carro pulava, e eu segurando. Tanto é que uma hora que eles passaram próximo ao calçadão, na hora que teve um confronto com a polícia, levei um de raspão. A única coisa também que aconteceu, o único machucado que tive”, complementou.