Regina Duarte diz que não fez apologia à tortura
Em artigo no Estadão, atriz diz que fez apologia “a um sonho de brasilidade e união”
Desde que foi demitida da Secretaria Especial de Cultura, a atriz Regina Duarte vem tentando minimiza sua passagem desastrosa pelo governo Bolsonaro. O ápice foi a entrevista à CNN Brasil, onde fez apologia à ditadura.
Em artigo publicado nesta sexta-feira, 22, no jornal Estado de S. Paulo, intitulado “Que classe é essa, companheiro?”, a atriz afirma que não cantou a música “Pra Frente Brasil” –criada na ditadura mulitar– para fazer apologia à tortura, mas sim “com o sonho de brasilidade e união que venho defendendo ao longo de toda a minha vida”.
“E me desculpo se, na mesma ocasião, passei a impressão de que teria endossado a tortura, algo inominável e que jamais teria minha anuência, como sabem os que conhecem minha história”, diz a atriz no texto.
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Regina Duarte afirma ainda que, “ao aceitar o convite do presidente Jair Bolsonaro para ocupar a Secretaria Especial da Cultura, tinha plena consciência de que minha gestão seria alvo de críticas”, o que nunca a desencorajou.
A atriz conta que lhe causa espanto “a total ausência de substância das sentenças condenatórias que me dirigem na praça pública das redes sociais – esse potente megafone usado por grupos organizados dentro e fora da classe artística”.
“Em vez de uma discussão franca, que seria saudável, por mais altos que fossem os decibéis, o que identifiquei foi só a ação coordenada de apedrejar uma pessoa que, há mais de meio século, vem se dedicando às artes e à dramaturgia brasileira”, diz.