Respondemos 8 frases que LGBTs ouvem com frequência na rua, em casa, na escola e no trabalho
Hoje, 17 de maio, celebra-se o Dia Internacional Contra a Homofobia. A data é marcada pelos 26 anos desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou os homossexuais da Classificação Internacional de Doenças, com a alegação que “homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão”.
Mesmo após todo esse tempo, os LGBTs são vítimas de assédio verbal constantemente, na rua, na escola, no trabalho e em suas próprias casas.
Pensando nisso, o Catraca Livre resolveu responder a oito (8) frases mais comuns que os homossexuais ouvem no dia a dia, e que não deveriam mais ouvir. Confira abaixo.
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– “Preferia ter um filho drogado a ter um filho gay”
Resposta do Catraca: os filhos são livres para voar. Quando um casal se une para criar uma criança, muita expectativa é gerada em torno dela. Isso é péssimo para o filho, uma vez que ele viverá sob a pressão de ser um modelo ideal daquilo que os pais pensam. Eduquem seus filhos, aconselhem, mas deixem que eles façam suas próprias escolhas.
– “Você vai acabar pegando AIDS”
Resposta do Catraca: isso é um absurdo. Ser LGBT não se confunde com ser HIV positivo. A Organização Mundial da Saúde retirou os homossexuais da Classificação Internacional de Doenças em 1990, com a alegação que “homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão”. Você está 26 anos atrasado.
– “Você pode ser gay, mas não viado”
Resposta do Catraca: por que não?! Onde está, na Constituição Federal, o termo que diz que um homem não pode falar de forma “afeminada”, não pode andar de saia e salto alto, não pode rebolar? Nem tudo precisa ser da forma como você vive. Saia da caixa e respeite as bichas!
– “Quem é a mulher da relação?” (pergunta aos gays) / “Quem é o macho da relação?” (pergunta às lésbicas)
Resposta do Catraca: por que você se interessa tanto para saber quem é o ativo e o passivo? É você quem vai praticar? Não? Além disso, entre um casal de gays, não há “mulher”. Só há homem! Entre um casal de lésbicas, não há “homem”. Só há mulher. Não é porque uma pessoa é homossexual que ela troca de gênero.
– “Nossa, mas você é tão bonita pra ser lésbica”
Resposta do Catraca: agora lésbica não pode ser bonita? Esse tipo de frase é muito desrespeitosa. Não diga mais.
– “Mas como vocês transam?”
Resposta do Catraca: REALLY, MIGA? REALLY?
– “Pena que não é homem”
Resposta do Catraca: Epa, epa, epa. Não é você quem decide que tal pessoa é homem ou não. É a própria pessoa. E outra: gênero e sexualidade são coisas totalmente diferentes. Por exemplo: um homem trans pode ser gay. Uma mulher trans pode ser lésbica. E quem vai proibi-los disso? Você?
– “Posso participar?” (pra lésbicas)
Resposta do Catraca: Você não pode nem fazer essa pergunta, que dirá participar. Seja mais respeitoso com as lésbicas. Ser lésbica não é falta de pinto, é orientação sexual. E seu machismo não vai mudar isso.