RJ: Militares chamam Bolsonaro de ‘traidor’ em formatura de sargentos
Pensionistas, integrantes da reserva e reformados das Forças Armadas protestavam contra o presidente durante o evento
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) esteve numa formatura de sargentos da Marinha, no bairro da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira, 10, e foi chamado de “traidor” por militares.
Durante o evento, Bolsonaro fez um breve discurso que durou cerca de três minutos. Ele disse que estava feliz em prestigiar a formatura “nessa terra maravilhosa chamada Rio de Janeiro” e acenou aos militares.
Do lado de fora do evento, ocorria um protesto de reservistas e por eles, Bolsonaro foi chamado de “traidor”.
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“Nós, das Forças Armadas, o povo bem comprova que nós estamos no caminho certo, que nós somos os verdadeiros guardiões da nossa democracia e tudo faremos pela nossa liberdade”, afirmou Bolsonaro, em seu discurso.
Fora da formatura de sargentos da Marinha, cerca de 30 manifestantes, dentre eles: entre pensionistas, integrantes da reserva e reformados das Forças Armadas, realizavam uma manifestação em frente ao Centro de Instrução Almirante Alexandrino. Com faixas contra a Lei 13.954/19, que mudou o sistema de Previdência dos militares, eles protestaram aos gritos de “Bolsonaro traidor”.
Uma das manifestantes presentes relatou sua situação: “Sou mãe de militar, esposa de militar, uma vida inteira… Nós não temos nem hospital. As pessoas pensam que a gente tem uma vida econômica boa. Quem tem vida econômica boa são os generais que tiveram quase 100% de aumento, escalonado”, criticou Cibele Lima.
“Esse homem ficou às custas das tropas por 27 anos. Quando ele queria vir fazer política dentro dos quartéis, eles proibiam. Quem segurava eram os graduados. E agora ele vira as costas. Essa lei sangra. Foi uma punhalada que a gente levou pelas costas”, ressaltou Cibele Lima.
Também estiveram presentes na formatura de sargentos da Marinha, no Rio de Janeiro, o governador em exercício do estado Cláudio Castro (PSC-RJ), e o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos-RJ).