Robinho ataca imprensa brasileira e diz que vítima pede R$ 3 milhões
"Na Turquia e na Itália não teve essa repercussão toda", disse o jogador, condenado a nove anos de prisão por violência sexual contra uma mulher
O jogador Robinho, condenado a 9 anos de prisão por violência sexual contra uma mulher na Itália, em primeira instância, voltou a falar sobre o caso em entrevista a Fox Sports. Robinho atacou a imprensa brasileira, comparou-se com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e contou que a vítima está pedindo R$ 3 milhões de indenização pelo crime. O atacante também disse que conta com o apoio de Neymar, jogador do PSG que também já foi acusado de estupro, mas que teve seu caso encerrado, sem condenação.
“A imprensa colocou coisas deturpadas a meu respeito. Só que ninguém colocou que a menina pediu, no processo, R$ 3 milhões. Isso ninguém colocou”, disse Robinho.
Para a Fox Sports, Robinho disse que sexo oral é comum quando as pessoas se relacionam e que não foi feito sem o consentimento da mulher: “Em uma relação entre homem e mulher tem sexo oral, a gente sabe. As pessoas são muito hipócritas. A gente sabe que tem jornalistas que saem com mulheres, que bebem, que usam drogas até, e que agora estão me atacando por isso”.
O atacante afirmou que assim como o presidente, ele tem sido alvo de ‘ataques sem provas’. Para o atacante, a imprensa brasileira prioriza notícias ruins:
“Estou me sentindo meio um Bolsonaro, está todo mundo me atacando (…). Na Turquia e na Itália não teve essa repercussão toda”.
O atacante afirmou ainda que sua carreira poderia estar em um estágio pior se ele não fosse acusado de estupro na Itália. Isso porque ele contou que a partir do momento em que soube do processo, passou a tomar mais cuidado principalmente com sua vida fora de campo.
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“Se não fosse o processo, talvez minha carreira estivesse pior, talvez eu não estivesse jogando bem como estou. Eu passei a me cuidar mais depois do que aconteceu”.
Como denunciar casos de assédio sexual ou estupro
O assédio contra mulheres envolve uma série de condutas ofensivas à dignidade sexual que desrespeitam sua liberdade e integridade física, moral ou psicológica. Lembre-se: onde não há consentimento, há assédio! Não importa qual roupa você vista, de que modo você dance ou quantas e quais pessoas você decidiu beijar (ou não beijar): nenhuma dessas circunstâncias autoriza ou justifica o assédio.
Tecnicamente, de acordo com o Código Penal, assédio sexual é aquele que ocorre onde há relações hierárquicas entre a vítima e o assediador. Em regra, é aquele que ocorre em relações de trabalho, ou seja, o assediador é o empregador ou chefe e o funcionário é o assediado. Os atos invasivos que ocorrem na rua e em outros espaços públicos, geralmente entre desconhecidos, e que popularmente chamamos de “assédio sexual”, configuram, em geral, o recém-criado crime de importunação sexual.
No entanto, as violências que ocorrem nas ruas podem configurar outros crimes além da importunação. Quando há ofensas verbais, por exemplo, fica caracterizado o crime de injúria. Além de configurar crimes, os mesmos atos podem trazer consequências na esfera cível, gerando um dever de indenização.