Saiba quem é o Ministro de Bolsonaro que não conhece Chico Mendes
Condenações na justiça, investigação no Ministério Público e apoio de ruralistas cercam Ricardo Salles

O ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, de 43 anos, não é ambientalista, nem ruralista. Ele é advogado. Natural de São Paulo, em 2018, ele disputou, sem sucesso, uma vaga para deputado federal pelo Partido Novo.
Salles preside o Movimento Endireita Brasil, que defende uma nova direita no cenário político brasileiro.
O ministro foi condenado em primeira instância pela Justiça por favorecimento de empresas de mineração, adulterando mapas de zoneamento do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Tietê, enquanto foi secretário de Meio Ambiente do Estado de São Paulo.
- Falta de ar pode ser o primeiro sintoma físico da ansiedade
- Saiba o que causa aftas e como tratar de forma rápida, segura e eficaz
- Apenas uma de 41 marcas de creatina cumpre todos os critérios da Anvisa; saiba se é a que você consome
- O sinal silencioso no seu corpo que pode estar tentando te alertar para o estresse

Salles é investigado pelo Ministério Público Estadual por intermediar processos administrativos e outras atividades supostamente ilícitas na Junta Comercial de São Paulo.
O nome de Ricardo Salles foi indicado à pasta do Meio Ambiente por várias entidades ligadas ao setor produtivo, como o agronegócio, construção civil, comércio e indústria. Ele recebe apoio da Sociedade Rural Brasileira e a União da Agroindústria Canavieira (Unica) e também de setores da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
O ministro defende o Projeto de Lei dos Agrotóxicos, sendo a favor da agilização da aprovação do uso dos defensivos agrícolas, a maioria deles proibidos na Europa e Estados Unidos.
Enquanto Chico Mendes foi um seringueiro, sindicalista e ativista político brasileiro. Incansável defensor da floresta Amazônica e dos povos que dela dependiam para viver, combatendo o extrativismo predatório, por uma extração sustentável para as pessoas e a floresta, e criou o conceito de reserva extrativista.
Em 1987, Chico Mendes foi o primeiro brasileiro a receber o Prêmio Global 500 da ONU, que reconhece as personalidades que lutam pelo meio-ambiente. Com sua militância atraiu a ira dos latifundiários e foi assassinado em 22 de dezembro de 1988, nos fundos de sua casa.
Salles pode não concordar com a luta de Chico Mendes, pode se quiser não o reconhecer como um grande líder brasileiro, mas não pode desconhecê-lo.