Segundo Palocci, campanhas do PT custaram R$ 1,4 bilhão
Preso desde 2016, Palocci foi condenado a 12 anos e dois meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Nesta segunda-feira, 1, o juiz federal Sérgio Moro retirou o sigilo de parte da delação concedida pelo ex-ministro Antonio Palocci no curso da Operação Lava Jato.
O trecho diz respeito à indicação de Paulo Roberto Costa à Petrobras feita pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sob o pretexto de “garantir ilicitudes”. O petista também é acusado de usar o pré-sal para financiar as campanhas do partido.
Em nota, a defesa de Lula alega que a decisão de Moro demonstra seu viés politico e “apenas reforça o caráter político dos processos e da condenação injusta imposta ao ex-presidente Lula”. Ressalta ainda o “nítido objetivo de tentar causar efeitos políticos para Lula e seus aliados”.
Preso desde 2016, Palocci foi condenado a 12 anos e dois meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Firmou acordo de delação com a Polícia Federal em abril deste ano, onde se comprometeu a pagar R$ 37,5 milhões como indenização pelos danos penais, cíveis, fiscais e administrativos dos atos que praticou.
Campanhas irregulares
Ainda de acordo com o ex-ministro, as duas campanhas de Dilma Rousseff para a presidência (2010 e 2014) custaram R$ 1,4 bilhão – mais do que fora declarado à Justiça Eleitoral.
Em meio aos acordos orquestrados pelo ex-presidente, o MDB conquistou a diretoria internacional da Petrobras e travou votações no Congresso para pressionar adversários. Ao menos 900 das mil medidas provisórias editadas nos quatro governos do PT envolveram propinas. /Com informações do portal G1.