‘Segundo Sol’ polemiza com cena sobre candomblé e gera revolta
Na cena, a personagem de Adriana Esteves, Laureta, faz uma espécie de de ritual de oferenda a entidades espirituais
O capítulo da novela Segundo Sol, da TV Globo, que foi ao ar na última segunda-feira, 10, se tornou um dos assuntos mais comentados das redes sociais e, entre elogios e críticas à reviravolta na trama assinada por João Emanuel Carneiro, uma cena sobre candomblé acabou revoltando os internautas.
Na ocasião, após Laureta (Adriana Esteves) mandar matar Remy (Vladimir Brichta), a vilã fez uma espécie de ritual de oferenda a entidades espirituais, em um tom considerado duvidoso, que acabou repercutindo negativamente entre o público que comenta o folhetim no Twitter.
“Obrigada João Emanuel Carneiro por dar apoio à intolerância religiosa às religiões afros com essa cena da Laureta louvando Exu depois de encomendar assassinato!”, escreveu uma internauta.
“Gente, agora sério! Essa cena da Laureta fazendo oferenda depois de supostamente matar Remy… Isso reforça o mito de que o candomblé busca o mal para as pessoas”, disse outra.
https://twitter.com/whatevermanning/status/1039333991478951936
https://twitter.com/liviaasouto/status/1039337659251019776
No Facebook, a página “Aldeia Caboclo Flecheiro” se manifestou sobre a polêmica cena exibida em Segundo Sol, no horário nobre da TV Globo, explicando o verdadeiro sentido e significado de Exu e Pomba Gira, e aproveitou para desaprovar a forma como o assunto foi abordado na novela.
“A personagem faz um plano para assassinar alguém e após faz uma oferenda a Pomba Gira e pediu ajuda aos Orixás e Exus para o momento dela. Em horário nobre. Obrigada Rede Globo por colocar tudo o que lutamos por água abaixo! Exu não faz o Mal! Pomba Gira não faz o Mal!”, afirmou a pessoa que administra a página virtual.
Intolerância religiosa
Nos últimos anos, o tema intolerância religiosa se tornou um dos mais falados no Brasil, chegando a ser tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2016.
Dados da Secretaria Especial de Direitos Humanos apontou que o número de denúncias de intolerância motivada por questões ligadas à religião, sobretudo as de matrizes africanas, aumentou mais de três mil porcento no país.
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