Sem saber, Magic Paula vira madrinha de projeto de João Doria
Prefeitura disse que a ex-atleta ainda vai ser procurada
A ex-jogadora de basquete Magic Paula ficou sabendo através de uma notícia do “G1” que o prefeito de São Paulo, João Doria, a nomeou como madrinha de um programa que prevê a implantação de 12 quadras de basquete na capital, sem antes ter sido consultada.
Paula usou sua conta no Facebook na sexta-feira, 21, para esclarecer que além de não saber da nomeação, também não participou da elaboração do projeto e que sua única participação na cidade é pelo Conselho Gestor da Secretaria Municipal de Esportes.
“A estas políticas públicas desejo sucesso mas reforço que sempre procurei participar previamente do planejamento das ações onde participei da execução ou da divulgação. Não seria diferente agora”, finalizou.
Segundo o anúncio do prefeito, as quadras devem ser construídas na zona leste, norte e sul. Em nota, a prefeitura disse que se tratou de uma homenagem e que a ex-jogadora vai ser procurada.
“Quando o prefeito falou em Magic Paula como ‘madrinha’ da iniciativa, tratou-se de uma homenagem. Mas é claro que a gestão pretende aproveitar a experiência dela, hoje uma renomada especialista em políticas esportivas, na concepção e no planejamento do programa”, explicaram.
A nota diz ainda que o prefeito e o secretário de esportes vão conversar com a ex-atleta nos próximos dias para que ela colabore com a prefeitura no projeto de difusão do basquete na periferia da cidade.
Casos semelhantes
Não é a primeira vez que isso acontece. A prefeitura citou, em maio, o médico e colunista da “Folha de S. Paulo”, Drauzio Varella, numa ação judicial que explicava a ideia da internação compulsória de dependentes químicos. Só que o médico é contra esse recurso e disse que foi citado fora de contexto.
Na semana seguinte ao ocorrido, houve menção do médico como membro de um comitê feito em parceria do governo do estado com a prefeitura para combater a dependência química, mas Drauzio não recebeu um convite formal para isso.
Outra gafe envolvendo o prefeito foi com o muralista Eduardo Kobra, que foi nomeado como coordenador do programa Arte Urbana, que visa o combate a pichação, sem saber.
Kobra aproveitou a ocasião para dizer que não tinha nenhum cargo na prefeitura e não iria ter. Disse, ainda, que só participou de uma reunião que durou meia hora, mas nem sabia que se tratava de um projeto.
Depois disso, Doria disse que, à distância, o muralista seria um “curador” do projeto.
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