Sem vice definido, PSL oficializa candidatura de Jair Bolsonaro

"Não temos um grande partido, mas temos o que os outros não têm, que são vocês, o povo brasileiro", ressaltou o deputado federal Jair Bolsonaro

23/07/2018 13:39 / Atualizado em 05/05/2020 11:07

Um dos favoritos à cadeira da Presidência da República nas eleições de 2018, o deputado federal Jair Bolsonaro teve a candidatura oficializada na tarde do último domingo pelo Partido Social Liberal (PSL).

Com amplo apoio dos correligionários, o anúncio aconteceu durante o encontro nacional da legenda, realizado no Rio de Janeiro. Sem nome definido para a vice-presidência, o partido deve definir o escolhido até 5 de agosto.

PSL lança candidatura de Jair Bolsonaro a presidente à presidência da República.Foto Fernando Frazão/Agência Brasil
PSL lança candidatura de Jair Bolsonaro a presidente à presidência da República.Foto Fernando Frazão/Agência Brasil - Fernando Frazão/Agência Brasil

Apesar disso, um dos nomes mais cotados para o cargo é o da advogada Janaína Paschoal, também do PSL, que esteve presente na convenção. Sobre o convite, a jurista disse que ainda está “dialogando” com o partido.

Quanto à indefinição, Jair Bolsonaro disse, em entrevista coletiva, que o vice-candidato deve ser do próprio partido. “Não deu certo com Magno Malta nem com o general Heleno. A Janaina Paschoal foi contatada há pouco tempo e precisa de um tempo para decidir. Ela tem família, filhos em São Paulo e ser vice causaria uma mudança grande. O certo é que dificilmente será alguém de fora do partido. A nossa lagoa é pequena mas é boa”, disse.

Deus, bíblia, PT e PSDB 

Um dos favoritos nas pesquisas de intenções de voto, Bolsonaro ressaltou que, apesar do PSL não ser considerado um partido grande, tem no apoio do “povo brasileiro” a grande arma na busca pela vitória nas urnas. Nesta fala, destacou que “o Brasil não aguenta mais 4 anos de PT ou PSDB” – e completou: “A partir desse momento, da confirmação da minha candidatura, passa a ser uma missão. Se estou aqui, é porque acredito em vocês. Se vocês estão aqui, é porque acreditam no Brasil. Não temos um grande partido, não temos fundo eleitoral, não temos tempo de televisão. Mas temos o que os outros não têm, que são vocês, o povo brasileiro.”

As propostas 

Durante a convenção do PSL, o candidato destacou algumas propostas de sua campanha e citou, como exemplo, a privatização de estatais. Com a medida, seriam mantidas apenas 150 empresas em setores estratégicos. Além disso, alguns ministérios seriam unificados. “Começaria extinguindo o Ministério das Cidades. O dinheiro tem de ir direto para municípios e estados. Juntaria a Fazenda com Planejamento, Meio Ambiente com Turismo”. 

  • Liberalismo na economia e privatização de estatais
  • Redução de burocracias e regulamentações
  • Reduzir a atuação de órgãos como ICMBio e Ibama, que atuam na defesa do Meio Ambiente
  • Encerrar a participação do Brasil no Acordo de Paris, voltado à redução das emissões de fases que intensificam o efeito estufa
  • Oferecer amparo jurídico a militares e agentes da segurança pública
  • Mudanças graduais na aposentadoria, em oposição à proposta da reforma apresentada por Michel Temer
  • Combater a criminalidade, promover o endurecimento de leis penais, investir no policiamento e revisão do Estatuto do Desarmamento