Sem vice definido, PSL oficializa candidatura de Jair Bolsonaro
"Não temos um grande partido, mas temos o que os outros não têm, que são vocês, o povo brasileiro", ressaltou o deputado federal Jair Bolsonaro
Um dos favoritos à cadeira da Presidência da República nas eleições de 2018, o deputado federal Jair Bolsonaro teve a candidatura oficializada na tarde do último domingo pelo Partido Social Liberal (PSL).
Com amplo apoio dos correligionários, o anúncio aconteceu durante o encontro nacional da legenda, realizado no Rio de Janeiro. Sem nome definido para a vice-presidência, o partido deve definir o escolhido até 5 de agosto.
Apesar disso, um dos nomes mais cotados para o cargo é o da advogada Janaína Paschoal, também do PSL, que esteve presente na convenção. Sobre o convite, a jurista disse que ainda está “dialogando” com o partido.
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Quanto à indefinição, Jair Bolsonaro disse, em entrevista coletiva, que o vice-candidato deve ser do próprio partido. “Não deu certo com Magno Malta nem com o general Heleno. A Janaina Paschoal foi contatada há pouco tempo e precisa de um tempo para decidir. Ela tem família, filhos em São Paulo e ser vice causaria uma mudança grande. O certo é que dificilmente será alguém de fora do partido. A nossa lagoa é pequena mas é boa”, disse.
Deus, bíblia, PT e PSDB
Um dos favoritos nas pesquisas de intenções de voto, Bolsonaro ressaltou que, apesar do PSL não ser considerado um partido grande, tem no apoio do “povo brasileiro” a grande arma na busca pela vitória nas urnas. Nesta fala, destacou que “o Brasil não aguenta mais 4 anos de PT ou PSDB” – e completou: “A partir desse momento, da confirmação da minha candidatura, passa a ser uma missão. Se estou aqui, é porque acredito em vocês. Se vocês estão aqui, é porque acreditam no Brasil. Não temos um grande partido, não temos fundo eleitoral, não temos tempo de televisão. Mas temos o que os outros não têm, que são vocês, o povo brasileiro.”
As propostas
Durante a convenção do PSL, o candidato destacou algumas propostas de sua campanha e citou, como exemplo, a privatização de estatais. Com a medida, seriam mantidas apenas 150 empresas em setores estratégicos. Além disso, alguns ministérios seriam unificados. “Começaria extinguindo o Ministério das Cidades. O dinheiro tem de ir direto para municípios e estados. Juntaria a Fazenda com Planejamento, Meio Ambiente com Turismo”.
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