‘Será bem recebido’, diz Janaina Paschoal sobre volta de Bolsonaro ao PSL

Sem legenda, presidente negocia a possibilidade de filiação com 3 partidos

Cinco meses depois de defender o afastamento de Jair Bolsonaro (sem partido), a deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP) escreveu no Twitter que o presidente “será bem recebido” caso queira voltar ao partido. Paschoal disse, ainda, que o PSL tem o papel de “reunir a pouca direita que há no país”.

“Se o PSL tem um papel, esse papel é justamente o de reunir a pouca direita que há no país”, defendeu a deputada.

“Todos sabem que eu não tenho vida partidária e participo muito pouco dessas decisões. Mas tenho direito de dar minha opinião. Se o Presidente quer voltar, será bem recebido. No entanto, não cabe fazer exigências para afastar A ou B.”

Em março…

Num discurso feito na Assembleia Legislativa de São Paulo um dia depois de o presidente participar de uma manifestação do dia 15 de março em frente ao Palácio do Planalto, Janaína Paschoal pediu o afastamento do presidente. Isto por que, em meio à pandemia de coronavírus em que, para evitar a disseminação do novo coronavírus, Bolsonaro participou do ato.

“Quando as autoridades têm o poder e o dever de tomar providências para evitar um resultado danoso, e assim não procedem, elas respondem por esse resultado. Isso é homicídio doloso. Será atribuído ao governador do estado de São Paulo, será atribuído ao presidente da República, principalmente ao presidente da República, porque o que ele fez ontem é inadmissível, é injustificável, é indefensável. É um crime contra a saúde pública. Ele desrespeitou a ordem do seu ministro da Saúde”, disse a deputada.

“Esse senhor tem que sair da Presidência da República. Deixa o Mourão que é treinado para a defesa conduzir a nação. Não tem mais justificativa. Eu me arrependi do meu voto. Que país é esse? Como esse homem vai lá, potencialmente contaminando as pessoas, pegando nas mãos e beijando? Ele está brincando? Ele acha que ele pode tudo? Precisamos de pessoas capazes e competentes para conduzir a nação. Quero crer que o Mourão possa fazer esse trabalho por nós”, afirmou.