Sérgio Camargo diz que João Alberto “não representa pretos honrados”

O presidente da Fundação Palmares ainda chamou o homem assassinado por seguranças do Carrefour de 'marginal'

O presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, afirmou, em uma publicação em sua conta no Twitter, nesta quarta-feira, 25, que o homem negro assassinado por seguranças de uma unidade do Carrefour, em Porto Alegre (RS), João Alberto Silveira Freitas, “não representa os pretos honrados”.

Sérgio Camargo diz que João Alberto “não representa pretos honrados”
Créditos: Reprodução/Facebook
Sérgio Camargo diz que João Alberto “não representa pretos honrados”

Sergio Camargo ainda chama João Alberto de “marginal”.

O presidente da Fundação Palmares citou o assassinato de João Alberto ao comentar uma reportagem sobre uma suposta censura ao filme ‘Marighella’, em que o líder revolucionário que morreu lutando contra a ditadura militar no Brasil é interpretado por Seu Jorge. Na publicação, Sergio Camargo chama Marighella de “terrorista comunista”.

“Marginais não representam os pretos honrados do Brasil, seja Marighella, Madame Satã ou o negro do Carrefour. Cada um gasta seu dinheiro como quiser. O meu nunca terão!”, disparou.

O “negro do Carrefour” é como Sergio Camargo se refere é João Alberto Silveira Freitas, 40 anos. Ele foi brutalmente espancado até a morte por seguranças de um Carrefour, em Porto Alegre. Três pessoas já foram presas acusadas de participar do homicídio triplamente qualificado.

Desde a posse  como presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo minimiza ridiculariza a luta antiracista no Brasil, diz que a escravidão foi “benéfica para os descendentes” e que não existe “racismo real”. Para ele, o movimento negro deveria ser extinto.

O presidente da Fundação Palmares também ironizou o Dia Nacional da Consciência Negra em um post no Twitter e escreveu: “Esta sexta-feira será o Dia Nacional de Postar o Vídeo do Morgan Freeman!”.