Sete vezes em que a cultura pop apoiou a causa LGBT

Comemorado mundialmente em 28 de junho, o Dia Internacional do Orgulho LGBT é marcado por diversas manifestações em prol da diversidade

Comemorado mundialmente em 28 de junho, o Dia Internacional do Orgulho LGBT é marcado por diversas manifestações em prol da diversidade.  Em São Paulo, a Parada do Orgulho LGBT reuniu mais de 3 milhões de pessoas no último dia 3. O pessoal do site Omelete preparou uma lista para relembrar sete acontecimentos da cultura pop que apoiaram a causa.

Confira:

1 – Casamento homoafetivo nos quadrinhos

O primeiro super-herói abertamente homossexual dos quadrinhos, o Estrela Polar, apareceu na edição 51 de Os Surpreendentes X-men se casando com o seu namorado Kyle. Na HQ, eles se uniram em grande estilo em pleno Central Park, em Nova York, onde o casamento entre pessoas do mesmo gênero foi legalizado no mesmo ano, 2012.

A capa de Surpreendentes X-men 51
Créditos: Divulgação
A capa de Surpreendentes X-men 51

2 – Graphic Novel apoia vítimas de ataque homofóbico

Na noite do dia 12 de junho de 2016, o americano Omar Mateen, que disse agir em nome do grupo terrorista Estado Islâmico, entrou armado com um fuzil e uma pistola automática na boate LGBT Pulse, localizada em Orlando, nos Estados Unidos, e fez 49 vítimas, no que foi considerado o maior ataque a tiros da história do país. Meses depois, o quadrinista Marc Andreyko produziu a graphic novel Love is Love, com o objetivo de levantar fundos para as famílias das vítimas.  O projeto foi premiado pelo Eisner Awards 2017 na categoria Melhor Antologia e estima-se que a obra arrecadou mais 200 mil dólares.

Capa Love is Love
Créditos: Divulgação
Capa Love is Love

3 – Sense8 na Parada de São Paulo

A série Sense8 (Netflix) foi cancelada, mas vai deixar um legado muito importante para a comunidade LGBT. A produção, que contava com personagens gays, lésbicas, bissexuais e transexuais, trouxe todo o elenco principal para a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo em 2016, onde gravou algumas cenas e participou ativamente do protesto pelos direitos da comunidade. Além, é claro, de levar o público ao delírio.

Atores da série Sense8 na Parada LGBT de São Paulo
Créditos: Amauri Nehn / Brazil News
Atores da série Sense8 na Parada LGBT de São Paulo

4 – Ian McKellen e a representatividade gay no cinema

O ator Ian McKellen, que viveu o Magneto em vários filmes da franquia dos X-Men e Gandalf de Senhor dos Anéis, se assumiu gay publicamente há 30 anos e desde então se tornou um ativista pela representatividade LGBT em Hollywood. Recentemente, o ator fez declarações polêmicas em relação ao filme Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald, sobre o personagem Dumbledore (Jude Law) não ser explicitamente gay no filme. Na declaração ele disse: …“Homens gays não existem (para Hollywood). ‘Deuses e Monstros’, eu acho, foi o início de Hollywood admitir que há gays, mesmo que metade de Hollywood seja gay”, criticou ele. Ele também disse em entrevista que deseja ver um James Bond gay e acha que produções do gênero de super-heróis deveriam ter personagens LGBT.

O ator Ian McKellen
Créditos: Associated Press
O ator Ian McKellen

5 – Oscar de Melhor Filme para Moonlight

Moonlight, dirigido por Barry Jenkins, foi o primeiro filme com um protagonista explicitamente gay a abocanhar a estatueta máxima da premiação em 2017. Dividido em infância, adolescência e fase adulta, o filme conta a história de um homem chamado Chiron (Alex R. Hibbert, Ashton Sanders e Trevante Rhodes) e seu processo de reconhecimento da própria sexualidade enquanto enfrenta paralelamente problemas ligados à segregação racial. Filmes sobre histórias LGBT chegaram a ser indicados à categoria, como Clube de Compras Dallas, Milk – A Voz da Igualdade ou O Segredo de Brokeback Mountain, mas historicamente se restringiram a ganhar categorias como Direção, Roteiro Adaptado ou, principalmente, prêmios de atuação para atores heterossexuais que assumiram personagens LGBT.

Moonlight recebeu Oscar de Melhor Filme
Créditos: ABC
Moonlight recebeu Oscar de Melhor Filme

6 – RuPaul’s Drag Race e a popularização da arte drag

Em sua 10ª temporada, além dos três especiais All Stars, o reality show comandado por RuPaul foi, ano a ano, se consolidando como um fenômeno de audiência da televisão e da internet. A estreia da 9ª temporada, por exemplo, foi assistida nos EUA por quase 1 milhão de pessoas e mais de uma centena de drag queens já passaram pela atração. A competição levou aos mais diversos públicos uma forma de expressão artística que, apesar de amparada em raízes muito antigas, foi criada pela comunidade LGBT como forma de subverter noções ligadas à masculinidade e à heteronormatividade compulsória.

Reality show RuPaul’s Drag Race
Créditos: Divulgação LOGO
Reality show RuPaul’s Drag Race

7 – Personagem gay entre os cinco X-Men originais

Em 2015, na edição #40 da All-New X-Men, a versão mais jovem do Homem de Gelo, um dos cinco primeiros alunos do Professor Xavier, assumiu ser gay. O personagem foi enviado para o presente junto dos outros quatro companheiros originais (Ciclope, Fera, Anjo e Jean Grey) e a novidade, é claro,  influenciou na vida do Bobby Drake adulto, que nunca havia revelado sua orientação sexual. Após a novidade, o personagem mais velho ganhou sua publicação solo – a primeira da Marvel centrada em um personagem LGBT – e deu seu primeiro beijo em outro homem na edição #6 de Homem de Gelo.

Personagem gay entre os cinco X-Men originais
Créditos: Reprodução Homem de Gelo – edição 6
Personagem gay entre os cinco X-Men originais