‘Só o pessoal Paulo Freire’ fala mal do MEC, diz Eduardo Bolsonaro
Deputado afirmou, também, que as outras gestões do Ministério da Educação roubavam até merendas escolares
Neste domingo, 2, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) defendeu Abraham Weintraub por meio do Twitter. “Só o pessoal Paulo Freire está falando mal da educação, na verdade falando mal do ministro Weintraub”, escreveu.
“Só o pessoal Paulo Freire está falando mal da educação,na verdade falando mal do ministro Weintraub . Sem argumentos para fazê-lo se agarram no “ain,ele é ministro,tem a liturgia do cargo”. Enquanto gov.anteriores roubavam até as cuecas e merendas a liturgia do cargo estava ok né?”, escreveu o parlamentar.
O texto do filho do presidente foi uma resposta à postagem do ministro da Educação.
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Apesar de uma das promessas de campanha e de início de mandato de Bolsonaro ter sido a abertura da “caixa-preta do MEC”, o que comprovaria falhas e corrupção no ministério da Educação de governos anteriores, esses dados nunca foram encontrados ou revelados.
Weintraub e o Enem
Depois de afirmar que havia realizado o melhor Enem de todos os tempos, Abraham Weintraub publicou um vídeo em sua conta no Twitter admitindo que houve um erro na correção, de “um grupo muito pequeno de pessoas”, da segunda prova do Exame do Ensino Médio (Enem), no último dia 20.
Durante sua fala, ele afirmou que está tudo bem com os resultados de 99% dos participantes e prometeu que atninguém seria prejudicado.
Segundo o MEC, o problema foi que, na hora da correção, candidatos realizaram prova de uma cor e tiveram a correção com base em outra. O erro, portanto, seria da gráfica e não do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais).
Os relatos de erros nas notas do Enem começaram a pipocar nas redes sociais logo depois que os resultados individuais foram divulgados, na sexta-feira, dia 17 de janeiro. Veja aqui.
MEC recebeu mais de 172 mil reclamações
O MEC recebeu 172 mil mensagens com reclamações. O Inep, por sua vez, divulgou que a falha atingiu 5.974 candidatos.
No último último dia 22, o MPF enviou uma recomendação ao governo Bolsonaro para que as inscrições do Sisu sejam suspensas. O pedido é para que o período de inscrição seja adiado e, depois, feito um novo cronograma. A ideia é que o governo possa realizar uma nova conferência dos gabaritos de todos os candidatos — principalmente dos que se sentiram prejudicados com os erros da correção do Enem.