STF suspende medida de Bolsonaro e seguro DPVAT volta a valer

O julgamento aconteceu em plenário virtual nesta quinta-feira, 19, por 6 votos a 3

20/12/2019 10:42

Nesta sexta-feira, 20, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a medida provisória feita pelo presidente Jair Bolsonaro que extinguia o seguro obrigatório DPVAT, indenização dada a vítimas de acidentes de trânsito, que entraria em vigor no ano que vem.

Bolsonaro queria extinguir seguro DPVAT que indeniza vítimas de acidentes
Bolsonaro queria extinguir seguro DPVAT que indeniza vítimas de acidentes - Istock/Tashi-Delek

O julgamento aconteceu em plenário virtual nesta quinta-feira, 19, por 6 votos a 3, mas só foi oficializado nesta sexta. O assunto ainda vai ser discutido presencialmente. A medida tinha sido assinada pelo presidente no dia 11 de novembro e foi criada para “evitar fraudes no DPVAT, bem como amenizar/extinguir os elevados custos de supervisão e de regulação do DPVAT por parte do setor público”.

O DPVAT já indenizou 485 mil acidentes fatais nos últimos 10 anos. Mais de 4,5 milhões de pessoas foram beneficiadas na última década.Além de casos envolvendo mortes, o DPVAT também cobre gastos hospitalares e sequelas permanentes.

Nos casos de morte, o valor da indenização é de R$ 13.500 e de invalidez permanente, de R$ 135 a R$ 13.500. Já para os casos de reembolso de despesas médicas e suplementares, o teto é de R$ 2.700 por acidente.

Foi a Rede Sustentabilidade que apresentou a ação para que o STF analisasse, alegado que o seguro tem relevância na proteção social dos brasileiros, garante indenizações por acidentes; que sua extinção poderia prejudicar o Sistema Único de Saúde (SUS), que recebe valores do DPVAT;

Os ministros Luiz Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Marco Aurélio Mello, Rosa Weber, Luiz Fux e Dias Toffoli votaram a favor da suspensão da medida provisória. Já Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Celso de Melo votaram pela extinção do seguro. As informações são do G1.

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