STJ afasta Witzel do governo do RJ; Pastor Everaldo é preso

A Justiça também determinou a prisão do Pastor Everaldo, presidente do PSC

28/08/2020 09:36 / Atualizado em 23/09/2020 22:33

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinou nesta sexta-feira, 28, o afastamento imediato do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), por irregularidades em contratos da saúde no combate à covid-19. O vice-governador Cláudio Castro vai assumir o cargo.

A decisão do ministro Benedito Gonçalves, inicialmente válida por seis meses, ainda proíbe o acesso de Witzel às dependências do Palácio Guanabara, sede do governo do estado, e o contato com funcionários e utilização dos serviços.

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O governador Wilson Witzel foi afastado do cargo por 180 dias
O governador Wilson Witzel foi afastado do cargo por 180 dias - Reprodução/TV

Em sua decisão, o ministro Benedito Gonçalves, entendeu ser suficiente o afastamento do cargo para fazer cessar as supostas atividades de corrupção e lavagem de dinheiro.

O governador e outras oito pessoas, incluindo a primeira-dama Helena Witzel, também foram denunciados pela PGR (Procuradoria-Geral da República) por corrupção, que chegou a pedir a prisão de Wilson Witzel, mas que foi negada pelo STJ.

Em nota, a defesa de Witzel disse que “recebe com grande surpresa a decisão de afastamento do cargo, tomada de forma monocrática e com tamanha gravidade”.

Pastor Everaldo preso

A Polícia Federal também cumpre nesta manhã mandado de prisão contra o presidente do PSC, Pastor Everaldo.

O ministro Benedito Gonçalves, do STJ, ainda expediu mandados de busca e apreensão contra Helena Witzel, o presidente da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), André Ceciliano (PT);e o desembargador Marcos Pinto da Cruz.

Policias federais cumprem mandados no Palácio Laranjeiras, sede do governo do Rio de Janeiro
Policias federais cumprem mandados no Palácio Laranjeiras, sede do governo do Rio de Janeiro - Reprodução/TV Globo

Ao todo a PF cumpre 16 mandados de prisão, sendo seis preventivas e 10 temporárias, e 82 de busca e apreensão no âmbito da Operação “Tris in Idem”, que é desdobramento da Operação Placebo, que investiga corrupção em contratos públicos do governo do Rio.