O que se sabe sobre homem que matou colega de trabalho por tomar café

A Polícia Civil diz que o agressor era chefe da vítima; empresa nega

07/06/2022 12:41

Marcelo Camilo, de 36 anos, foi assassinado com um objeto cortante por seu supervisor, segundo a Polícia Civil, devido a um motivo banal: desavença sobre o intervalo para o café. O crime ocorreu na segunda-feira, 6, em São Leopoldo, na região metropolitana de Porto Alegre.

Supervisor mata funcionário por tomar café fora de hora
Supervisor mata funcionário por tomar café fora de hora - Reprodução

A empresa Sulcromo, que produz revestimentos metálicos industriais, negou que o suspeito do crime, que não teve a identidade revelada, era chefe da vítima -embora essa informação tenha sido divulgada pela polícia.

O agressor teria fixado horários determinados para tomar café durante o período de trabalho e, de acordo com depoimentos colhidos pela investigação, a vítima descumpriu a ordem. Na semana passada e horas antes do crime, eles discutiram sobre a determinação.

As imagens da câmera de vigilância mostram o momento em que a vítima sai de uma sala com a mão no peito, seguido por um homem. Os outros trabalhadores do local se mostram confusos com o ocorrido. Assista ao vídeo:

https://www.dailymotion.com/video/x8bh5yn

Camilo chegou a ser socorrido, mas teve três paradas cardíacas e morreu no hospital.

O suspeito, que tem registro de ocorrência na polícia por ameaça, fugiu do local e está sendo procurado pelas autoridades.

A investigação ainda não determinou qual foi o objeto usado para cometer o crime -aparentemente, um instrumento de trabalho.

O que diz a Sulcromo sobre o suspeito

Alexandre Ely, diretor da Sulcromo, afirmou que o suspeito era um “bom profissional até então”, sem nunca ter apresentado comportamento violento.

Segundo ele, os funcionários eram colegas de setor, sem relação de subordinação. A vítima tinha apenas menos tempo na empresa.

O ataque foi realizado em uma espécie de almoxarifado, e não no local em que o café é servido.

No último sábado, 4, um deu carona para o outro depois de um dia de trabalho.