Suspeito de ataque ao Porta dos Fundos é extraditado da Rússia

Eduardo Fauzi desembarcou no Brasil e foi levado para presídio na zona norte do Rio

O empresário e economista Eduardo Fauzi Richard Cerquise, de 41 anos, suspeito de participar do ataque com coquetéis molotov à sede da produtora do grupo humorístico Porta dos Fundos, em 2019, foi extraditado da Rússia para o Brasil.

Eduardo Fauzi desembarcou no aeroporto de São Paulo na quinta-feira, 3, escoltado por agentes federais e depois seguiu para o Rio de Janeiro. O empresário foi levado para o presídio José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte, onde ficará preso. As informações são do G1.

Eduardo Fauzi a suspeito de ter participado de ataque à sede do grupo Porta dos Fundos em 2019
Créditos: Reprodução/Instagram
Eduardo Fauzi a suspeito de ter participado de ataque à sede do grupo Porta dos Fundos em 2019

De acordo com o Estadão, a extradição de Eduardo Fauzi estava autorizada desde janeiro e não tem relação com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

O empresário foi preso pela Interpol em Moscou em setembro de 2020. Em janeiro de 2022, a Procuradoria-Geral da Rússia autorizou a extradição.

Entenda o ataque ao Porta dos Fundos

O ataque contra a produtora do grupo Porta dos Fundos, em Botafogo, na zona sul carioca, aconteceu em dezembro de 2019, na véspera do Natal.

De acordo com as investigações, cinco pessoas participaram do crime e que o empresário Eduardo Fauzi foi o único que fugiu com o rosto descoberto.

O atentado teria sido motivado pela maneira como retratou Jesus no especial de Natal daquele, exibido na Netflix. O filme humorística insinuava que Jesus teve uma experiência homossexual após passar 40 dias no deserto.

A ficha criminal do empresário consta outras doze anotações. Segundo o G1, ele é investigado pela prática de crimes como ameaça, lesão corporal e formação de quadrilha. Em 2013, foi acusado de manter um estacionamento irregular no centro do Rio de Janeiro.

Eduardo Fauzi ficou conhecido após agredir pelas costas o então secretário municipal de Ordem Pública do Rio, Alex Costa, enquanto ele dava uma entrevista, em novembro de 2013.

O empresário foi processado por agressão pelo tapa. Mas o crime prescreveu antes que ele fosse julgado.