Homem tatua o próprio nome no rosto de ex

Brasil é o 5º entre os países com as maiores taxas de violência doméstica contra mulheres

Um homem tatuou o próprio nome no rosto de sua ex-namorada, uma jovem de 18 anos, em Taubaté (SP). A mãe da vítima registrou boletim de ocorrência quando a moça foi encontrada com a tatuagem.

O agressor, com cerca de 20 anos, foi preso ontem, 21, por descumprir medida protetiva expedida contra ele. A moça também foi agredida quando tentou fugir e foi amarrada.

Homem tatua o próprio nome no rosto de ex
Créditos: Reprodução/TV Vanguarda
Homem tatua o próprio nome no rosto de ex

“Ela me disse que estava pedindo socorro quando ele estava amarrando ela. Ela me disse ‘mãe, ou eu parava de gritar e deixava ele fazer a tatuagem ou ele ia me matar lá dentro'”, disse mãe ao G1.

Antes do término, o relacionamento dos dois já era instável.

“Ontem ela saiu para ir para o curso e 22h ela ainda não tinha voltado. Fiz um boletim de ocorrência pelo site da polícia e hoje cedo fui até a rua dele e vi minha filha no carro com ele.”

“Chegando em casa, quando entrei, me deparei com a tatuagem com o nome dele no rosto dela e ela tentando tampar com a maquiagem. Ela só repetia que iria trabalhar.”

A agressão foi registrado no plantão da polícia Civil, mas será investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Taubaté.

Tatuagem e outras violências contra a mulher

Brasil é o 5º entre os países com as maiores taxas de violência doméstica contra mulheres. São cerca de 900 mil processos desse tipo tramitando na justiça brasileira e 23% deles são pedidos de medidas protetivas de urgência.

Havia duas medidas protetivas contra o agressor
Créditos: Marcos Santos/USP
Havia duas medidas protetivas contra o agressor

Por conta disso, é um consenso entre juízes, promotores e defensores públicos a importância da denúncia. Como especialistas, eles concordam que as queixas funcionam como um freio inibidor da violência e, sendo assim, pode impedir o mal maior: o feminicídio.

Muitos dos casos de violência doméstica não são denunciados pela vítima por inúmeros motivos. Medo ou falta de informação inclusos. Então, meta a colher, sim! Qualquer pessoa pode – e deve – dar queixa desses casos.

Outra situação comum é achar que a denúncia “não vai dar em nada” contra o agressor, uma vez que nem sempre as circunstâncias e as leis permitem que ele seja detido ou punido no momento da denúncia.

Mas não se engane! A presença da polícia no local, por exemplo, pode inibir ações mais violentas naquele momento ou até no futuro. Veja como denunciar.


Campanha #ElaNãoPediu

Nenhuma mulher “pede” para apanhar. A culpa nunca é da vítima. A campanha #ElaNãoPediu, da Catraca Livre, tem como objetivo fortalecer o enfrentamento da violência doméstica no Brasil, por meio de conteúdos e também ao facilitar o acesso à rede de apoio existente, potencializando iniciativas reconhecidas. Conheça a nossa plataforma exclusiva.