Transexual denuncia tortura e estupro de dois policiais em Goiás
Costureira foi espancada, afogada e violentada com cabo de vassoura
Uma costureira transexual, de 31 anos de idade, denunciou uma agressão por parte de dois policiais militares da Rondas Ostensivas Táticas (Rotam), unidade operacional de elite da PM, ao sair de um shopping em Goiânia, Goiás (GO), no último sábado, 31.
Gislaine Carvalho, advogada que denunciou a violência policial à Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Goiás, disse que a vítima sofreu “espancamento, afogamento, foi amarrada e violentada com um cabo de vassoura”.
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Ao “Metrópoles”, a profissional contou que, ao chegar na delegacia, “se atentou de longe que ela estava bastante machucada”. “Quando ela chegou até mim na delegacia, ela falou que tinha sofrido algumas coisas e perguntei se ela queria novamente fazer o exame de corpo de delito, ela disse que não era pra fazer, deixar isso pra lá”, declarou.
A advogada relatou ainda que, durante a abordagem, os policiais ordenaram que a transexual entregasse “armas e drogas” aos agentes. Contudo, a costureira garantiu que “não sabia do que se tratava”.
“Em seguida ela foi levada para uma casa, supostamente abandonada, onde passaram a praticar maiores atrocidades”, completou.
O laudo emitido pelo Instituto Médico Legal (IML) da polícia técnico-científica de Goiás apontou “fissuras recentes na pele” e “serosidade sanguínea na margem anal”.
A portaria da CDH pediu ainda que o processo seja acompanhado por todos os órgãos de segurança e Justiça do estado de Goiás.
Ainda de acordo com a publicação, a defesa dos PMs ainda não teria sido encontrada.