Três homens são presos pela morte de congolês no Rio de Janeiro
Moïse Kabagambe, de 24 anos, foi agredido até a morte após cobrar o pagamento de seu salário em um quiosque, na praia da Barra da Tijuca
Os três suspeitos do assassinato do congolês Moïse Kabamgabe, de 24 anos, foram presos na terça-feira, 1º, pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. Dois deles confessou participação nas agressões. Ao todo, oito pessoas foram ouvidas.
Os envolvidos na morte do congolês deverão responder por homicídio duplamente qualificado, impossibilidade de defesa e meio cruel.
A morte de Moïse Kabagambe gerou grande repercussão nas redes sociais. Ele foi espancado até a morte depois de cobrar R$ 200 por duas diárias de trabalho não pagas no quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca.
- Idosa mantida em cárcere morre ao saber da morte do filho
- Marido e sogro são suspeitos por morte de família no DF; entenda o caso
- Anestesista é preso por estuprar mulheres em cirurgias no Rio
- Criminoso acusado de transmitir HIV propositalmente a mulheres é preso no RJ
A polícia informou que um dos presos é vendedor de caipirinhas na praia. Ele foi identificado apenas como Fábio Silva e, segundo os policiais, confessou que deu pauladas no congolês.
Os outros dois presos são Alisson Cristiano Alves de Oliveira, de 27 anos, e Brendon Alexander Luz da Silva, o Tota.
Crime na praia
As agressões contra o congolês duraram pelo menos 15 minutos e foram gravadas pelas câmeras de segurança do quiosque, que fica próximo ao Posto 8. Os agressores usaram pedaços de madeira e um taco de beisebol.
As imagens mostram que Moïse em nenhum momento tentou agredir os homens que o atacaram. O rapaz teve os pés e as mãos amarrados com um fio depois de sofrer uma sequência de agressões.
O congolês foi encontrado por policiais militares já sem vida em uma escada do quiosque Tropicália.
Laudo do Instituto Médico Legal (IML) que Moïse morreu de traumatismo do tórax, com contusão pulmonar, causada por ação contundente.
Quem era Moïse
Moïse veio para o Brasil em 2014 com a mãe e os irmãos, como refugiado político, para fugir da guerra e da fome no Congo.
“Mataram meu filho aqui como matam em meu país”, disse a mãe de Moïse, Ivana Lay.