Sobe para 10 o número de mortos após temporal no Rio
A cidade está em estágio de crise e prefeito Crivella admite ter falhado; veja como se proteger
Pelo menos dez pessoas morreram após o temporal que atinge o Rio de Janeiro desde a noite desta segunda-feira, 8, segundo informações da Agência Brasil.
Sete vítimas estavam na zona sul, três pessoas em um táxi em Botafogo, duas irmãs e um homem no morro da Babilônia, no Leme, e outro homem na Gávea, e três na zona oeste, dois em Santa Cruz e outro no Jardim Maravilha.
Veja a lista das vítimas:
- Guilherme N. Fontes, 30 anos, na Gávea;
- Doralice do Nascimento, 55 anos, no Leme;
- Gerlaine do Nascimento, 53 anos, no Leme;
- Homem não identificado, no Leme;
- Leandro Ramos Pereira, de 40 anos, em Santa Cruz;
- Marcelo Tavares, taxista, em Botafogo;
- Lucia Xavier Sarmento Neves, 63 anos;
- Júlia Neves Aché, 6 anos, neta de Lúcia;
- Homem não identificado, no Jardim Maravilha;
- Reginaldo Exidro da Silva, em Santa Cruz;
Os trabalhos de resgate dos bombeiros é lento e foi interrompido uma vez porque as chuvas aumentaram.
O município do Rio de Janeiro está em estágio de crise desde as 20h55 desta segunda. As áreas mais afetadas foram as zonas sul e oeste. O temporal alagou ruas, derrubou árvores, destruiu carros e inundou túneis por toda a cidade.
O prefeito, Marcelo Crivella (PRB), admitiu que houve falha da gestão. Segundo a “Folha”, ele disse que tinham combinado que, em momentos como o de segunda, “deixaríamos equipamentos e equipe da Comlurb nos locais em que achávamos que haveria mais chuva. Nisso nós falhamos. Atrasamos. Quando fomos, por volta das 15h, 16h, o engarrafamento já estava se formando e atrasamos. Teremos que ir de manhã na próxima chuva”.
Na zona oeste, a estação medidora da Barrinha registrou 212 milímetros de chuva entre as 18h e as 22h. No mesmo período, na zona sul, choveu 168 milímetros em Copacabana, 164 mm na Rocinha e 149 mm no Jardim Botânico.
As sirenes de alerta para risco de deslizamento de terra foram acionadas em 21 das 103 comunidades monitoradas pela Defesa Civil Municipal. Mas, segundo moradores, o alarme não chegou a ser acionado no Morro da Babilônia porque estava faltando energia na comunidade no momento do temporal.
A chuva também provocou o desabamento de mais um trecho da Ciclovia Tim Maia, na Avenida Niemeyer. Desta vez, a parte que caiu fica próxima do bairro de São Conrado. O desabamento ocorreu por volta das 22h, quando a via já estava fechada. Foi o quarto incidente desse tipo desde a inauguração da ciclovia, em janeiro de 2016. Um deles foi causado por ondas, durante uma ressaca, e três por temporais.
Telefones úteis
Corpo de Bombeiros: 193;
Defesa Civil Municipal ou Estadual (para informar sobre riscos de desabamento): 199.
Cadastre seu celular no serviço gratuito de envios de alertas da Defesa Civil: mande uma mensagem para 40199.
Recomendações para se proteger
Pontos de alagamento:
- Fique atento às orientações transmitidas pela Prefeitura nos momentos de chuva através dos meios de comunicação;
- Evite sair quando ocorrerem chuvas fortes;
- Se sua residência costuma inundar, prepare lugares altos ou prateleiras para guardar objetos de maior valor;
- Mantenha telhados e calhas consertados;
- Conserve drenagens, valas e canaletas desobstruídas;
- Nunca jogue lixo nas ruas, em encostas, córregos, margens de rios ou áreas verdes;
- O lixo provoca entupimentos dos bueiros e ramais de drenagem. Lugar de lixo é no lixo;
- A remoção da camada vegetal das encostas causa deslizamentos.
Medidas simples podem amenizar os efeitos dos alagamento:
- Evite transitar em ruas alagadas;
- Se a chuva causou inundações, não se aventure a enfrentar correntezas. Fique em lugar seguro. Se precisar, peça ajuda;
- Ao planejar suas viagens, há menor possibilidade de enfrentar engarrafamentos causados por ruas bloqueadas;
- Em caso de dúvida sobre vias bloqueadas, ligue para a central de atendimento da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) através do número 1188 ou entre no site da CET para saber como está o trânsito nas principais vias.
O que fazer em caso de enchentes:
- Procure manter-se informado sobre as áreas de risco;
- Evite cruzar ruas alagadas;
- Mantenha-se longe da rede elétrica;
- Se a chuva causou rachaduras ou outro problema grave em sua casa, chame a Defesa Civil (199) ou o Corpo de Bombeiros (193);
- Se sua casa for condenada pela Defesa Civil, saia o quanto antes.